Crise do arroz mobiliza prefeitos e entidades no RS e chega à pauta da Famurs
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Mobilização no litoral gaúcho ganha força estadual
O movimento que começou na Câmara de Vereadores de Mostardas, no litoral gaúcho, ultrapassou os limites municipais e ganhou dimensão regional. A iniciativa reuniu prefeitos e entidades do agronegócio com o objetivo de sensibilizar a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) para que atue de forma ativa na defesa do setor arrozeiro, que enfrenta uma das piores crises econômicas das últimas décadas.
A reunião ocorreu na sede da Famurs, em Porto Alegre, e buscou destacar os impactos provocados pelos preços do arroz abaixo do custo de produção, que vêm comprometendo a rentabilidade e ameaçando a sustentabilidade da cadeia produtiva.
Entidades se unem para defender a produção de arroz gaúcha
O encontro contou com a presença de representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag). A união dessas entidades reforça a gravidade da crise e a necessidade de uma resposta institucional e política articulada.
De acordo com Alexandre Velho, presidente do Conselho da Federarroz, o movimento deve se expandir para as demais seis regiões arrozeiras do Estado, com mobilizações nas câmaras municipais.
“A estratégia é envolver prefeitos e lideranças locais para que levem a pauta aos deputados estaduais e federais, ampliando o alcance das reivindicações”, destacou Velho.
Movimento busca apoio político e articulação nacional
A mobilização tem caráter estadual e pretende chegar a Brasília, levando dados técnicos e relatos de produtores que ilustrem a gravidade da crise enfrentada pela rizicultura gaúcha. A proposta é construir um movimento organizado de base municipal, capaz de fortalecer o diálogo com parlamentares e autoridades federais.
“Queremos que a voz do campo chegue com força às instâncias decisórias. É preciso mostrar a dimensão real das dificuldades enfrentadas pelos produtores e garantir medidas de apoio concretas”, reforçou Velho.
Mais de 200 municípios dependem da produção de arroz
A articulação busca envolver, por meio da Famurs, prefeitos de mais de 200 municípios gaúchos que dependem diretamente da produção de arroz como principal atividade econômica. A expectativa é que, a partir desse alinhamento, seja elaborada uma pauta unificada de reivindicações, com foco na defesa da atividade arrozeira e na busca por soluções que garantam a sustentabilidade econômica do setor.
“O que começou em Mostardas é um movimento de união pelo futuro do arroz no Rio Grande do Sul. Precisamos de uma resposta urgente para que o produtor consiga continuar no campo”, concluiu Velho.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






