• 15 de dezembro de 2025
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Mercado de café inicia semana em queda com pressão do clima e aumento da oferta global

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O mercado cafeeiro começou a semana registrando forte volatilidade, refletindo o impacto do clima nas principais regiões produtoras e a perspectiva de maior oferta global. Na manhã desta segunda-feira (15), as cotações do café operavam em queda nas bolsas internacionais, com investidores atentos às novas estimativas de produção.

Produção brasileira maior pressiona preços internacionais

Segundo o boletim do Escritório Carvalhaes, os fundamentos que sustentam o mercado permanecem inalterados: as incertezas climáticas que afetam o Brasil e outros países produtores, além dos estoques globais reduzidos.

De acordo com informações do portal Barchart, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a produção brasileira de café em 2025 em 2,4%, alcançando 56,54 milhões de sacas — número superior à previsão anterior de 55,20 milhões. Essa revisão para cima ampliou a pressão sobre os preços internacionais.

Exportações do Vietnã reforçam cenário de maior oferta

Outro fator que contribui para a retração nas cotações é o aumento nas exportações do Vietnã, principal concorrente do Brasil na produção de café robusta.

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas vietnamita, as exportações de novembro cresceram 39% em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto o volume acumulado entre janeiro e novembro apresentou alta de 14,8% na comparação anual.

Safra brasileira 2026/27 pode atingir até 74,4 milhões de sacas

Um relatório da Hedgepoint Global Markets, divulgado nesta segunda-feira, projeta que a safra de café brasileira para o ciclo 2026/27 deve ficar entre 71 e 74,4 milhões de sacas.

As estimativas apontam produção de 46,5 a 49,0 milhões de sacas de café arábica e entre 24,6 e 25,4 milhões de sacas de conilon.

“As chuvas de outubro e novembro favoreceram a floração do arábica, enquanto o conilon manteve bom desenvolvimento nas principais regiões produtoras, ainda que o volume deva ficar abaixo do pico da safra 2025/26”, destacou o levantamento.

Cotações em queda nas bolsas internacionais

Por volta das 9h40 (horário de Brasília), os contratos futuros do arábica registravam desvalorização expressiva:

  • Dezembro/25: queda de 570 pontos, cotado a 391,50 cents/lbp;
  • Março/26: baixa de 660 pontos, negociado a 362,70 cents/lbp;
  • Maio/26: recuo de 695 pontos, valendo 346,40 cents/lbp.

No caso do robusta, as perdas também foram relevantes:

  • Janeiro/26: queda de US$ 53, a US$ 4.069/tonelada;
  • Março/26: baixa de US$ 56, cotado a US$ 3.943/tonelada;
  • Maio/26: desvalorização de US$ 68, chegando a US$ 3.868/tonelada.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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