A Justiça determinou a prisão preventiva Denilson de Jesus Salvaterra, de 22 anos, preso em flagrante suspeito de ter matado o próprio filho, uma criança de 1 ano e 8 meses de idade, em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá. O menino teria sido asfixiado.
A decisão é do juiz Roger Augusto Bim Donega, da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste e foi proferida na última terça-feira (21) .
O g1 não conseguiu localizar a defesa do suspeito.
O magistrado destacou que Denilson confessou formalmente que durante a noite acordou para alimentar o seu filho e que depois de colocar de volta para dormir a criança acordou novamente. O pai contou que pegou a criança no colo e ficou irritado por não parar de chorar pressionou o pescoço da e tampou a boca do seu filho provocando a morte.
Para o juiz, a confissão mostra há indícios suficientes da autoria do crime, “vez que a prova testemunhal e as circunstâncias da prisão revelam, pelo menos nessa etapa da persecução penal, que o investigado praticou o crime de homicídio qualificado”, destacou.
Como reforço da necessidade da conversão da prisão, o magistrado disse que o crime possivelmente cometido pelo pai reveste-se extrema gravidade, “já que da dinâmica dos fatos denota-se que ao autuado foi imputado crime de homicídio qualificado, contra seu próprio filho pequeno, que sequer tinha condições de se defender”, disse.
Entenda o caso
De acordo com o boletim de ocorrência, a criança deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Primavera do Leste por volta das 6h50 da manhã. Ele foi levado pelos pais.
Durante o atendimento foi constatado o óbito da criança. O bebê tinha algumas marcas no pescoço e por isso a Polícia Civil foi acionada.
Os pais contaram que quando acordaram para levar a criança para creche, perceberam que de alguma forma o filho havia enrolado o carregador do celular no pescoço.
Mas a segundo a polícia, a história não foi essa. O delegado responsável, Allan Vitor Sousa da Mata, disse que a criança tinha ferimentos internos e que as marcas não condiziam com a versão.
“O pai manteve a mesma versão de que em tese a criança teria morrido enforcada com o cabo do aparelho celular e pela contradição na versão e na lesão encontrada na vítima, foi dado voz de prisão”, disse.
No interrogatório, segundo o delegado, o homem confessou ter matado o filho asfixiado.
O corpo da vítima foi encaminhado para a realização de necrópsia em Rondonópolis. A médica legista confirmou que a criança foi morta por asfixia decorrente de obstrução das vias aéreas.
Em relação a participação da mãe, não há elementos suficientes que indiquem que ela tenha participado do crime. Por isso, a mulher foi liberada.
A Polícia Civil tem dez dias pra concluir a investigação.
O pai será foi encaminhado para cadeia pública, onde aguardará a conclusão da investigação e o processo criminal preso.