Soja avança com cautela no Brasil, enquanto compras da China impulsionam preços em Chicago
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Ritmo de plantio da soja segue desigual entre os estados brasileiros
O avanço do plantio da soja no Brasil ocorre de forma cautelosa, com diferenças marcantes entre as regiões produtoras, segundo informações da TF Agroeconômica. Enquanto Mato Grosso já conclui praticamente toda a semeadura, estados do Sul, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, enfrentam ritmos mais lentos e condições climáticas irregulares.
No Rio Grande do Sul, o plantio começa a ganhar ritmo, mas os produtores seguem atentos às oscilações de preços. No porto, as negociações para pagamento em novembro e entrega em dezembro foram registradas a R$ 140,00/sc, enquanto no interior, os valores variaram em torno de R$ 132,00/sc, com leve alta semanal de 0,49% nas praças de Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz. Em Panambi, o preço da soja manteve estabilidade em R$ 121,00/sc, refletindo menor ritmo comprador.
Santa Catarina e Paraná mantêm estabilidade com cenários opostos
Em Santa Catarina, o início da safra é marcado por contrastes climáticos e comerciais, o que tem gerado cautela entre os produtores. O preço portuário da soja se manteve praticamente inalterado, com a saca cotada a R$ 140,53 no porto de São Francisco do Sul, demonstrando baixa volatilidade no mercado local.
Já o Paraná se destaca pela solidez agronômica e estabilidade de preços. As cotações permanecem firmes, com R$ 141,88/sc em Paranaguá (+0,12%), R$ 130,28/sc em Cascavel (+0,50%), R$ 130,81/sc em Maringá (+0,45%), e R$ 133,98/sc em Ponta Grossa (+0,04%). Em Pato Branco, o preço alcançou R$ 140,53/sc, e no balcão de Ponta Grossa, o valor ficou em R$ 120,00/sc, conforme levantamento da TF Agroeconômica.
Centro-Oeste mostra equilíbrio, mas oscilações no Mato Grosso preocupam
No Mato Grosso do Sul, o cenário permanece equilibrado, com variações positivas em diversas praças. Os preços da soja ficaram em R$ 126,63/sc em Dourados, Campo Grande e Maracaju (+0,53%), R$ 123,91/sc em Chapadão do Sul (+0,21%) e R$ 126,63/sc em Sidrolândia (-0,67%).
Em Mato Grosso, o plantio já está praticamente concluído, mas há preocupação com o desenvolvimento das lavouras, diante de condições climáticas desafiadoras. As cotações apresentaram movimentos mistos, com quedas em algumas regiões: Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso registraram R$ 117,98/sc (-0,57%), enquanto Campo Verde, Primavera do Leste e Rondonópolis tiveram leve alta, com preços a R$ 124,41/sc (+0,20%).
Mercado internacional reage a novas compras chinesas de soja dos EUA
Enquanto o mercado interno segue dividido entre cautela e otimismo, a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a última sessão antes do feriado de Ação de Graças com leves altas nos contratos da soja, impulsionadas pela retomada das importações chinesas.
Segundo fontes do mercado, a China adquiriu entre 10 e 15 carregamentos de soja norte-americana, cada um com 60 a 65 mil toneladas, para embarque em janeiro. As negociações ocorreram logo após a conversa entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, que reacendeu expectativas de fortalecimento das relações comerciais entre os países.
Na sessão de quarta-feira, o contrato da soja em grão com entrega em janeiro fechou em US$ 11,31 ½ por bushel, alta de 0,60%, enquanto a posição março foi cotada a US$ 11,40 ¾ por bushel, com ganho de 0,52%. Nos subprodutos, o farelo manteve estabilidade em US$ 320,40 por tonelada, e o óleo de soja encerrou em 51,03 centavos de dólar por libra-peso, avanço de 0,75%.
Perspectivas seguem positivas, mas mercado interno adota prudência
Com o avanço gradual do plantio no Brasil e o aumento das compras da China, o mercado global da soja sinaliza tendência de recuperação nos preços, embora os produtores brasileiros mantenham prudência diante das incertezas climáticas.
Nos estados do Sul, as chuvas irregulares ainda limitam o ritmo de plantio, enquanto no Centro-Oeste a atenção se volta para o desenvolvimento das lavouras. No cenário internacional, o foco segue nas movimentações da demanda chinesa e nos ajustes de oferta dos Estados Unidos, que devem influenciar o comportamento das cotações nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






