Exportações do setor hortifrutícola crescem 31,5% e atingem US$ 1,19 bilhão; oferta de cenoura pressiona preços nas Ceasas
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O setor hortifrutícola brasileiro manteve um ritmo forte de exportações em 2025. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre janeiro e outubro, o país exportou 1,07 milhão de toneladas de frutas e hortaliças, o que representa um crescimento de 31,5% em relação ao mesmo período de 2024.
A receita totalizou US$ 1,19 bilhão (FOB), um avanço de 13,47% na comparação anual. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o desempenho foi impulsionado pelo aumento dos embarques para Europa e Ásia, mercados que continuam ampliando a demanda por produtos frescos brasileiros.
“O mercado tem registrado volumes superiores aos dos anos anteriores, refletindo o bom desempenho das exportações do setor”, destacou a Conab no 11º Boletim Prohort, divulgado nesta terça-feira (25).
Cenoura recua com maior oferta de Minas Gerais
A cenoura registrou queda nos preços na primeira quinzena de novembro, reflexo do aumento da oferta de Minas Gerais, principal estado produtor, nas Centrais de Abastecimento (Ceasas).
De acordo com o boletim da Conab, a variação regional foi expressiva em outubro. Em Curitiba, houve alta de 39,02% nos preços, enquanto Rio de Janeiro e Rio Branco apresentaram quedas de 17,01% e 16,56%, respectivamente. No consolidado nacional, o comportamento foi de estabilidade em relação a setembro.
Alface mantém tendência de queda nas cotações
A alface completou o terceiro mês consecutivo de retração nas cotações médias ponderadas. O recuo foi de 8,77% em agosto, 16,01% em setembro e 7,27% em outubro, segundo a Conab.
A estatal explica que o movimento de baixa está relacionado à elevada oferta do produto e à redução na demanda, especialmente em regiões mais frias, como Curitiba, onde o consumo tende a cair durante períodos de temperaturas mais baixas.
Banana e mamão seguem tendência de baixa
As frutas banana e mamão também registraram queda de preços em outubro, comparadas a setembro. A banana teve retração de 4,14%, influenciada pela maior oferta da variedade prata oriunda do norte de Minas Gerais, meio-oeste baiano, Vale do Ribeira (SP) e Ceará.
Já a banana nanica manteve baixa disponibilidade pelo segundo mês consecutivo.
No caso do mamão, os preços iniciaram o mês em alta devido à maior demanda e à menor oferta, mas caíram após a segunda quinzena. Segundo a Conab, o recuo de 5,05% no fechamento de outubro foi consequência do aumento da oferta e da redução da procura, impulsionada pelo clima mais quente.
Cebola e batata voltam a subir nas Ceasas
Entre os produtos com alta nos preços, destacam-se cebola, batata, tomate, laranja, maçã e melancia.
A cebola interrompeu a sequência de quedas iniciada em junho e registrou alta de 12,24% na média ponderada nacional, mesmo com um leve aumento de 2% na oferta. O avanço foi atribuído à melhora da qualidade do produto e à demanda consistente.
A batata também apresentou elevação, com média ponderada 19,35% superior à de setembro. O aumento foi generalizado entre as Ceasas, com exceção da unidade de Santa Catarina, que teve recuo de 4,63%. Em Curitiba, o avanço foi expressivo, de 41,66%.
Tomate, laranja e maçã têm leve valorização
O tomate iniciou outubro com preços elevados, mas a ampliação da oferta ao longo do mês reduziu o ritmo de alta. Ainda assim, a média ponderada subiu 3,97% em relação a setembro.
Entre as frutas, a laranja teve alta de 4,3%. No início de outubro, o mercado registrou maior procura e oferta restrita, enquanto o fim do mês foi marcado pelo avanço da colheita e queda sazonal na demanda.
A maçã teve variações pontuais, com pequenas altas influenciadas pela redução dos estoques em câmaras frias.
Melancia tem transição de safra e preços ajustados
A melancia passou por uma mudança nos principais estados produtores. A colheita foi encerrada no Tocantins e está próxima do fim em Goiás, enquanto São Paulo e Bahia ampliam a oferta.
A Conab observa que a demanda oscilou ao longo de outubro, comportamento típico em períodos de chuvas nos grandes centros consumidores, o que resultou em variações pontuais de preço.
Panorama geral do setor
O Boletim Prohort mostra que, apesar das oscilações internas de preços, o setor hortifrutícola brasileiro mantém um desempenho positivo no mercado externo e boa liquidez nas Ceasas.
Com aumento da produção em diversas regiões e forte demanda internacional, o Brasil consolida-se como referência global na exportação de frutas e hortaliças frescas, beneficiando produtores e fortalecendo a balança comercial agrícola.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






