Castrolanda celebra 40 anos de reflorestamento e projeta produção de 100 mil toneladas de madeira até 2030
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Em 2025, a Castrolanda chega a um marco histórico: 40 anos desde a aquisição de sua primeira fazenda de reflorestamento. O investimento, que começou como uma estratégia para garantir autossuficiência em madeira, tornou-se um símbolo da visão de longo prazo da cooperativa — unindo inovação tecnológica, sustentabilidade ambiental e eficiência energética.
De acordo com Gilvan Plodowski, coordenador de Energias Renováveis da Castrolanda, o planejamento florestal sempre fez parte da estratégia da cooperativa.
“Desde o início havia a preocupação em possuir floresta própria para garantir o suprimento, especialmente durante a safra, quando o consumo de madeira é mais intenso”, explica.
Atualmente, o setor florestal da Castrolanda é um dos pilares da autossuficiência energética da cooperativa. Com 1.694 hectares de área plantada, a produção média anual é de 72 mil toneladas de madeira, com projeção de alcançar 100 mil toneladas por ano nos próximos cinco anos.
Tecnologia transforma o manejo e amplia produtividade
Nas primeiras décadas, o trabalho florestal era predominantemente manual, com uso de motosserras e técnicas artesanais. Hoje, a operação é marcada pela tecnologia e automação, com equipamentos modernos como harvesters, forwarders e feller bunchers, que garantem mais segurança, eficiência e precisão.
A silvicultura de precisão também é destaque no novo modelo produtivo da Castrolanda, com o uso de fertilização controlada, inventários florestais digitais e materiais genéticos aprimorados, o que eleva a produtividade e a uniformidade das plantações.
Cerca de 56% da área florestal da cooperativa é destinada à conservação de florestas nativas, incluindo Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais.
“Esse equilíbrio entre conservação e produção reflete nosso propósito de unir sustentabilidade e eficiência em toda a cadeia de biomassa”, afirma Gilvan.
Biomassa garante matriz energética limpa e autossuficiente
As florestas de eucalipto da Castrolanda são a base da matriz energética renovável da cooperativa. A biomassa gerada é utilizada como fonte de energia térmica nas unidades industriais, substituindo combustíveis fósseis e reduzindo a pegada de carbono.
A madeira é convertida em cavacos de eucalipto, que alimentam caldeiras e fornalhas responsáveis por gerar o calor necessário para diversos processos industriais.
Entre os exemplos citados estão:
- Fábrica de batata frita: utiliza cavaco para o aquecimento do óleo;
- Unidades de secagem de grãos: usam calor gerado na biomassa;
- Fábricas de ração: empregam o vapor na formação dos pellets;
- Unidades de leite: utilizam vapor na pasteurização e processamento.
Essa integração garante autossuficiência energética, diminui custos operacionais e fortalece o compromisso da cooperativa com a sustentabilidade.
Projeto Cavaco e automação elevam eficiência energética
A busca por inovação é constante. Desde 2020, o “Projeto Cavaco” modernizou as caldeiras e fornalhas das indústrias da Castrolanda, substituindo a lenha pelo cavaco de eucalipto e automatizando a alimentação de combustível.
Com isso, o processo tornou-se mais limpo, seguro e eficiente, com melhor controle da queima e maior rendimento energético.
As caldeiras automatizadas otimizam o consumo de biomassa e controlam a combustão de forma precisa. O monitoramento da umidade e granulometria do cavaco é realizado semanalmente, garantindo eficiência máxima e evitando desperdícios — práticas que reforçam a cultura de melhoria contínua da cooperativa.
Melhoramento genético impulsiona o futuro da produção florestal
Desde 1996, a Castrolanda investe em pesquisa genética de eucaliptos, com foco em melhorar a produtividade e o poder calorífico da biomassa. Atualmente, a cooperativa conduz testes de progênies e hibridação para desenvolver materiais de maior densidade e desempenho energético.
Além disso, a Castrolanda iniciou um projeto de créditos de carbono em áreas nativas e plantadas, ampliando o valor econômico e ambiental de seus ativos florestais e reforçando sua atuação na transição para uma economia de baixo carbono.
Novas frentes: produção de resina e diversificação de renda
A cooperativa também investe em novas oportunidades de negócio com o uso das florestas plantadas, como a produção e comercialização de resina de Pinus elliottii. O projeto, atualmente em fase avançada, será implantado em áreas próprias e de cooperados, com assistência técnica da Castrolanda.
“A resinagem amplia as opções de renda e gera retorno antes do corte final da madeira. É uma iniciativa que une inovação, sustentabilidade e diversificação econômica”, explica Gilvan.
Quatro décadas de propósito e compromisso ambiental
Com 40 anos de atuação no setor florestal, a Castrolanda reafirma seu compromisso com o futuro sustentável e com o fortalecimento do cooperativismo ambiental.
“Cada hectare plantado representa mais do que energia renovável — é fruto de planejamento técnico, responsabilidade ambiental e dedicação de muitas pessoas. As florestas são a base da nossa matriz energética e continuarão sendo essenciais para as próximas gerações”, conclui Gilvan Plodowski.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






