O Sindicato Rural de Rondonópolis, que já foi símbolo de pujança e liderança no setor agropecuário, vive um momento decisivo. Após anos de modelo considerado ultrapassado, distante da base produtora e marcado por episódios de desgaste interno, surge um novo grupo disposto a devolver à entidade o protagonismo que a consagrou.

Sob a liderança de Márcio Moraes e Gilmar Mattei, a Chapa 2 – Nova Força Rural entra na disputa de 2025 com uma mensagem clara: resgatar a credibilidade e recolocar o Sindicato no eixo da modernidade e da representatividade real dos produtores. O lema — “Juntos pelo campo, firmes pelo futuro” — sintetiza o sentimento de quem acredita que o campo precisa voltar a ser ouvido dentro da própria casa.

Nos últimos anos, a entidade acumulou críticas por distanciamento dos associados, decisões concentradas e uma gestão que, segundo produtores ouvidos pela reportagem, “parou no tempo”. O desgaste ficou ainda mais evidente após os problemas de transparência e de comunicação que marcaram eventos recentes, como a exposul, quando o Sindicato precisou se explicar publicamente sobre polêmicas e boatos.

Esses episódios foram a gota d’água para que produtores tradicionais, com anos de atuação no campo e profundo respeito na cidade, se unissem em torno de um projeto de reconstrução. “O Sindicato já foi sinônimo de força e união. Mas perdeu o rumo. É hora de devolver a voz ao produtor e modernizar essa estrutura”, afirmou um integrante da chapa.

A composição da Nova Força Rural reflete essa mistura de experiência e credibilidade: Márcio Moraes como candidato à presidência, Gilmar Mattei como vice, Marco Túlio Duarte (1º secretário), José Ricardo Vieira (suplente), Egídio Trojan (1º tesoureiro) e Poliana Rezende (suplente). No conselho fiscal, nomes como Ricardo Carvalho, Tiago Resende e Roger Wutke reforçam a base técnica e o prestígio regional.

Mais do que uma disputa de cargos, a eleição deste ano representa um divisor de águas. Para muitos produtores, o pleito é sobre o futuro de uma instituição que precisa voltar a ter presença política e força de articulação junto ao poder público e às grandes pautas do agronegócio. “O Sindicato perdeu a capacidade de influenciar. Hoje, quem decide as coisas do campo são os outros — e isso precisa mudar”, disse outro produtor ouvido pelo NMT – Notícias de Mato Grosso.

A Chapa 2 aposta em diálogo, modernização e integração de novas lideranças — sem abrir mão da firmeza que sempre caracterizou o setor rural de Rondonópolis. A meta é recolocar o Sindicato no centro das decisões, abrir espaço para jovens e mulheres e restabelecer o elo com quem produz, investe e mantém a economia girando.

A eleição está marcada para 1º de dezembro de 2025, e promete movimentar o setor agropecuário de Rondonópolis, um dos polos mais importantes de produção agrícola e pecuária do Estado. Se confirmada a expectativa das bases, Márcio Moraes e Gilmar Mattei deverão conduzir uma virada histórica — devolvendo ao Sindicato o que ele sempre teve de mais valioso: a confiança do produtor rural.