• 13 de outubro de 2025
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POLÍTICA

Por que a esquerda de Rondonópolis não protestou contra os 488 rondonopolitanos mortos no trânsito nos oito anos de Zé do Pátio?

Agora, os mesmos que se calaram diante da tragédia tentam culpar o prefeito Cláudio Ferreira por acidentes em 2025.
Foto: Fotomontagem reprodução

A pergunta que ecoa nos bastidores políticos de Rondonópolis é direta, mas desconfortável: onde estava a indignação da esquerda quando 488 pessoas morreram no trânsito da cidade entre 2017 e 2024, período em que Zé do Pátio governou o município por oito anos consecutivos?

Nos últimos dias, aliados do ex-prefeito e críticos da atual gestão passaram a responsabilizar o prefeito Cláudio Ferreira (PL) por acidentes recentes, como se o caos viário tivesse começado em 2025. O discurso é fácil, pronto para rede social, mas cai por terra diante dos números oficiais.

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e do Ministério Público de Mato Grosso, entre 2017 e 2024, Rondonópolis registrou 488 mortes no trânsito, além de 8.207 pessoas feridas e mais de 23 mil acidentes com vítimas.

A sequência mostra uma tragédia contínua: foram 57 mortes em 2017, 51 em 2018, 45 em 2019, 64 em 2020, 70 em 2021, 66 em 2022, 38 em 2023 e 60 em 2024.

Os números de feridos seguem a mesma linha de gravidade: 702 em 2017, 633 em 2018, 588 em 2019, 343 em 2020, 1.452 em 2021, 1.079 em 2022, 1.241 em 2023 e 1.169 em 2024.

Durante os oito anos de Zé do Pátio no comando, Rondonópolis se consolidou entre as cidades com o trânsito mais violento de Mato Grosso. E, curiosamente, ninguém viu passeatas, faixas, notas de repúdio ou discursos inflamados da oposição cobrando providências.

Enquanto isso, o trânsito seguia marcado por vias sobrecarregadas, faixas elevadas fora de padrão, sinalização precária e fiscalização ineficiente — um retrato de improvisos urbanos que resistiu ao tempo e atravessou gestões.

Agora, com menos de um ano à frente do Executivo, Cláudio Ferreira tenta corrigir distorções históricas, investir em sinalização e retomar campanhas de conscientização. Mesmo assim, virou alvo de quem prefere transformar tragédias antigas em munição política para desgastar o governo atual.

Diante dessa estatística, é inevitável a pergunta:

Se o prefeito atual é culpado pelos acidentes de 2025, então quem deve responder pelas 488 vidas perdidas nos oito anos de Zé do Pátio?

A tentativa da oposição de transformar tragédias em palanque político diz mais sobre oportunismo do que sobre compromisso com a segurança viária. Durante as gestões de Zé do Pátio, o município cresceu sem planejamento, com obras inacabadas, ciclovias abandonadas e uma cultura de trânsito perigosa que nunca foi enfrentada com seriedade.

Pior do que o silêncio do passado é a postura eleitoreira do presente — uma oposição que prefere “jogar pra galera”, explorar a dor alheia e construir narrativas convenientes, em vez de contribuir para soluções reais que salvem vidas.

Por que a esquerda de Rondonópolis não protestou contra os 488 rondonopolitanos mortos no trânsito nos oito anos de Zé do Pátio?

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