• 1 de outubro de 2025
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GARIMPO ILEGAL

Garimpeiros ligados ao Comando Vermelho trocam tiros com agentes do Ibama em Terra Indígena Sararé

Cinco suspeitos fugiram após confronto em Pontes e Lacerda; operação busca conter avanço do garimpo ilegal na região
Foto: Reprodução

Cinco garimpeiros apontados como integrantes do Comando Vermelho são procurados após entrarem em confronto com agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), neste domingo (28), durante operação na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá. O território é considerado um dos mais devastados pelo garimpo ilegal no Brasil.

Segundo o Ibama, os agentes foram recebidos a tiros de fuzil quando se aproximavam da aldeia central da etnia Nambikwara, onde os criminosos protegiam maquinários usados na extração de ouro. Houve reação das equipes e os cinco homens conseguiram fugir para a mata.

Na quinta-feira (25), após nova incursão, a força-tarefa localizou armas e equipamentos enterrados pelos suspeitos, entre eles um fuzil, carregadores, munições, um telefone celular e um kit de internet via satélite Starlink. O material foi apreendido.

Os investigadores acreditam que o grupo esteja escondido no chamado garimpo do Cururu, área dominada pela facção criminosa. O local, também conhecido como Garimpo do 14, já havia sido palco de outro confronto em 2024, quando cinco garimpeiros morreram.

A ação integra a Operação Xapiri, deflagrada em 1º de agosto deste ano para desintrusão de invasores e combate à exploração ilegal de minerais no território indígena. A ofensiva reúne agentes do Grupo Especial de Fiscalização (GEF) do Ibama e do Grupo Tático 3 (GT3) da Polícia Civil de Goiás.

Com 67 mil hectares, a Terra Indígena Sararé abriga povos da etnia Nambikwara e sofre pressão constante do crime organizado. Estimativas apontam que cerca de 2 mil hectares já foram destruídos pela mineração ilegal. Desde 2023, mais de 460 escavadeiras foram neutralizadas em operações na região — 160 delas apenas nos últimos dois meses.

A Polícia Federal e órgãos ambientais alertam que a presença de organizações criminosas no local amplia não apenas o dano ambiental, mas também a violência armada, devido à conexão com o tráfico de drogas e armas na faixa de fronteira.

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