• 2 de outubro de 2025
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MINERAÇÃO EM MT

UFMT identifica potencial de terras raras no estado e amplia perspectivas para o Brasil

Estudos preliminares apontam rochas alcalinas em diferentes regiões de Mato Grosso; exploração ainda depende de análises mais profundas.
Foto: Reprodução

Uma pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) revelou novas áreas com potencial de ocorrência de terras raras, minérios estratégicos para a indústria tecnológica. A descoberta pode ampliar as reservas brasileiras, que já são as segundas maiores do mundo, atrás apenas da China.

Segundo a Sociedade Brasileira de Geólogos, o estado apresenta formações geológicas promissoras em três pontos: Itiquira (sudeste), Serra do Canamã (norte) e Planalto da Serra (centro-sul). Essas regiões concentram rochas alcalinas associadas aos minerais.

Nos últimos dois anos, a Agência Nacional de Mineração (ANM) autorizou 18 empresas e pesquisadores, nacionais e estrangeiros, a realizar estudos em Mato Grosso. As áreas mapeadas somam 180 mil hectares e envolvem mineradoras da Austrália, de Minas Gerais e do próprio estado.

O gerente regional da ANM, Jocy Gonçalo de Miranda, explicou que a fase atual é de levantamento. “Por enquanto é uma fase inicial, com mapeamento. Depois vem a fase de campo. Se tiver teor que consegue beneficiar e for econômico, será dado continuidade para a lavra”, afirmou.

Desde 2023, a ANM já recebeu mais de 2.400 pedidos de análise em todo o país, concentrados principalmente em Minas Gerais, Bahia e Goiás. Em Mato Grosso, o Serviço Geológico Brasileiro já havia apontado, em 2018, o potencial das jazidas, ainda não oficializado nos registros.

Para o professor da UFMT, Francisco Pinho, o estado segue como uma fronteira aberta para novas descobertas. “Em nível de geologia global, ele é um lugar natural para essas rochas e até hoje elas foram descobertas parcialmente. Há muita descoberta a ser feita”, avaliou.

As terras raras formam um grupo de 17 elementos químicos essenciais para a produção de celulares, baterias, turbinas e equipamentos de defesa. Embora não sejam necessariamente escassos, são difíceis de isolar em alta pureza, o que torna sua exploração cara e estratégica — colocando o Brasil em posição de destaque nas disputas econômicas e geopolíticas do século 21.

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