Rondonópolis vive mais um período de atenção máxima em relação às queimadas. Apesar da redução significativa de ocorrências registradas neste ano, as autoridades reforçam os alertas diante da estiagem prolongada, do calor intenso e da baixa umidade do ar.

De janeiro a junho de 2025, o Corpo de Bombeiros registrou cerca de 70 ocorrências de queimadas, número 80% menor em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados aproximadamente 130 casos. Mesmo assim, somente nos primeiros 15 dias de julho foram identificados 10 focos ativos, contra 50 no ano anterior, mostrando que o problema permanece recorrente.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) vem emitindo sucessivos alertas para a região. Em agosto, chegou a ser divulgado um aviso de nível laranja, quando a umidade relativa do ar caiu para 10% em determinados períodos, índice considerado perigoso para a saúde humana. Em setembro, os avisos continuam em nível amarelo, com umidade abaixo de 30%.

A Prefeitura de Rondonópolis, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, reforçou ações de limpeza em terrenos baldios, coleta de resíduos e corte de vegetação seca, além da mobilização de brigadistas e equipes do Corpo de Bombeiros. O município também integra o comitê estadual de prevenção e combate a incêndios florestais, que coordena operações durante o período proibitivo do uso do fogo.

“O envio de denúncias é fundamental para que possamos agir de forma rápida. A população precisa compreender que queimar lixo, restos de poda ou áreas de vegetação é crime ambiental e coloca em risco a saúde e a segurança de todos”, alertou o comando local do Corpo de Bombeiros.

Além do impacto ambiental, a fumaça agrava problemas respiratórios e aumenta a procura por atendimentos médicos, principalmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares crônicas. Especialistas orientam hidratação constante, evitar atividades físicas sob sol forte e manter ambientes internos umidificados.

Com previsão de estiagem prolongada até outubro, autoridades avaliam que a prevenção e a conscientização serão decisivas para reduzir riscos neste período. “A queda no número de queimadas em 2025 mostra que estamos avançando, mas o cenário climático exige vigilância constante e colaboração da sociedade”, concluiu a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.