A sessão da Câmara Municipal de Pedra Preta desta segunda-feira (1º) ficou marcada por tensão e mobilização popular.

Desta vez, algo diferente aconteceu, cidadãs ocuparam o plenário, unidas em solidariedade à Prefeita Iraci Ferreira de Souza (PSDB), vítima de sucessivos ataques de vereadores que insistiam em deslegitimar sua atuação.

O que se discutia não era apenas política. Era violência política de gênero, uma prática que busca impedir, enfraquecer ou constranger mulheres em cargos de liderança.

Mesmo com a presença da Polícia Militar, ficou evidente o despreparo de alguns vereadores, que recorreram a falas machistas e misóginas, afrontando princípios básicos de respeito e igualdade que deveriam reger a casa legislativa.

Diante da repercussão e da pressão popular, especialmente feminina, a Câmara tomou uma decisão inédita, por 9 votos a favor e 2 contrários, foi aprovado o recebimento da denúncia e determinado o afastamento do vereador Gilson José de Souza, conhecido como Gilson da Agricultura (UB) por quebra de decoro, em decorrência de violência política de gênero.

A medida tem amparo na Lei nº 14.192/2021, que tipifica como crime qualquer ato de violência política, seja ele físico, psicológico, institucional ou digital.

O afastamento do vereador não é apenas uma vitória pessoal da prefeita Iraci, mas um recado firme à sociedade, Pedra Preta não aceita mais que a política seja palco de misoginia.

Cada vez que a voz de uma mulher é silenciada, a democracia enfraquece. Mas quando mulheres se unem, ocupam espaços e fazem ouvir suas vozes, a democracia respira mais forte e, toda a comunidade ganha. Parabéns a todas as mulheres que se fizeram presentes nesta sessão, pela coragem e determinação. Vocês mostraram que a força da união transforma a política e a sociedade.