O deputado Wilson Santos afirmou que o deputado federal considerado o Pai das “Diretas Já”, prefeito de Cuiabá, ministro de Estado e um dos melhores governadores da história de Mato Grosso, Dante de Oliveira, foi um dos principais mentores políticos do deputado Neri Geller, presidente estadual do PP e pré-candidato ao Senado pela legenda.
“Estive com Dante em 1992, filiando o Neri. Ele ainda era cabeludo. Fomos eu, Antero e Dante filiar o Neri ao PDT. Na época ele tinha 19 anos”, relembrou Wilson, durante o Encontro Estadual do PSD, realizado no último sábado (09.04), em Cuiabá. O PSD é um dos quatro partidos que lançaram, há duas semanas, o nome de Neri Geller como pré-candidato ao Senado. Além do PSD e PP, o MDB e o PSB também apoiam a pré-candidatura de Neri.
Durante seu discurso, Wilson arrancou gargalhadas das cerca de 500 pessoas presentes ao evento ao relembrar que na época o “Neri tinha apenas 19 anos de idade e ainda era cabeludo”.
REFERÊNCIA POLÍTICA
A história de Neri Geller e Dante de Oliveira teve início na década de 80, quando seu pai, Edvino Geller, foi candidato a vereador pelo MDB no oeste catarinense. Como conta o deputado federal, Dante se movimentava ao mesmo tempo em Cuiabá com o projeto das Diretas Já, o que despertava seu interesse e admiração. A chegada de Neri a Mato Grosso alguns anos depois foi o princípio de uma amizade duradoura, marcada por grandes conquistas para o estado.
“Eu comecei a militar em 1988, quando me filiei, à época, ao PDT. Apoiamos o Brizola, fizemos ele o mais votado em Lucas do Rio Verde. A partir daí eu comecei a acompanhar o Dante, sempre bastante alinhado com seus ideais. Ele me convidou para ser deputado federal, me indicou e, infelizmente, veio à óbito”, disse Neri.
Neri confessa ter Dante de Oliveira como uma importante referência pessoal e profissional. Para o parlamentar, foi Dante quem o ensinou “fazer política”. Para o deputado, Dante foi responsável por trazer modernização e capacidade de investimento para Mato Grosso, dando largada à agroindustrialização.
“O Dante foi um gigante do ponto de vista administrativo, e um grande estadista. Nós tínhamos uma grande amizade, ele ficava lá em casa quando viajava. Tínhamos uma ligação muito próxima, com ele e com seus familiares. Dante faz falta para o país, não somente para nós, mato-grossenses”, enfatizou.
NERI INSERIU DANTE NO AGRONEGÓCIO
Quem também acompanhou a trajetória de Dante de Oliveira e Neri Geller é o militante tucano Jorge Moraes, que comemorou no fim de semana 40 anos de militância. Moraes conta que iniciou sua trajetória política em 1981, e acompanhou de perto a atuação do ex-governador e, também, a do vereador, deputado e ministro da agricultura, Neri Geller.
“Com relação à aproximação de Neri com Dante, era imponente. Naquele momento Dante começava a se inserir no agronegócio. Foi Neri quem o ajudou a penetrar nesse meio do algodão, da soja e da pecuária. O Neri foi fundamental para que Dante levasse o agronegócio mato-grossense para fora do país’, revelou Jorge Moraes.
De acordo com veterano militante tucano, desde a morte de Dante de Oliveira, em 2006, o Estado não teve um representante político à altura. “Agora, surgindo como deputado federal, vai ser senador. Nós temos a certeza. O povo de Mato Grosso merece Neri Geller no Senado Federal”, enfatizou.