uando nós fizemos uma articulação política que exigiu uma grande engenharia institucional para destravar o leilão da malha ferroviária paulista, que resultou num aporte financeiro de R$ 7 bilhões na melhoria das linhas férreas no Estado de São Paulo, muitos aqui questionaram porquê eu estava me envolvendo num assunto de outro Estado.
Disse, na época – e reitero agora -, que as obras de ampliação da malha paulista, ao resolver dezenas de pontos de estrangulamento, iriam acelerar o fluxo dos transportes em Mato Grosso. Logo, iriam aumentar de 30 milhões de toneladas ao ano, como ocorre atualmente no escoamento da nossa produção a partir de Rondonópolis até o Porto de Paranaguá, para 70 milhões.
Essa mudança permitirá outra ação fundamental, da qual tive o orgulho de atuar fortemente ao lado do governador Mauro Mendes e da nossa bancada federal: a viabilização da primeira Ferrovia Estadual do Brasil, que ligará Rondonópolis a Cuiabá e Lucas do Rio Verde.
A Ferrovia Estadual vai criar o maior entroncamento de transportes do mundo ao nos conectar com as ferrovias Leste-Oeste e Ferrogrão, dando um novo salto no desenvolvimento de Mato Grosso como um todo.
Isso será um grande incentivo para a consolidação do maior complexo agroindustrial do Brasil em nosso Estado, gerando dezenas de milhares de empregos e muita riqueza e renda para nosso povo, como jamais visto na história do Estado.
E, o mais importante: a Ferrovia Estadual vai enfim integrar Cuiabá e os demais municípios do Vale do Rio Cuiabá a esse novo boom da nossa economia, diminuindo as desigualdades regionais e consolidando Mato Grosso como a grande locomotiva do agronegócio brasileiro.
Além de exportar nossa produção, essa interligação ferroviária vai baratear tudo que nós consumimos aqui e que hoje vem de fora nas carrocerias de caminhões, gerando forte impacto positivo na queda dos preços de praticamente todo o mercado de consumo em nossa capital.
Outro impacto positivo da ferrovia estadual será a redução de acidentes na BR 163, que, nos dias atuais, vitimiza milhares de pessoas nas estradas.
É assim que eu homenageio Cuiabá, me unindo a esse grande coro do “Parabéns, Cuiabá, pelos seus 303 anos de fundação”, e também oferecendo toda a minha energia como deputado federal para criar novos caminhos para nossa terra e nossa “dgente”.
Minha felicidade em ser cuiabano residente na cidade há vários anos se amplia com o nascimento da minha filha, Joana, cuja chegada está sendo esperada para maio próximo.
Felicidade por saber que a Joana nascerá numa cidade que tem história, que é o centro geodésico da América do Sul, que é a porta do Pantanal, tem um povo acolhedor e uma cultura diversa, e que vai experimentar um processo de desenvolvimento inclusivo que vai gerar muitas oportunidades para as atuais e as próximas gerações.
Por não ter nascido aqui, alguns ainda me questionam se sou cuiabano. Para esses, respondo sempre “agora, o quê que é esse, eu vim de lá pra cá, e só não nasci em Cuiabá, mas no que eu cresci, meu bom Jesus mandou buscar”.
Parabéns, Cuiabá. Conte sempre com meu trabalho, meu amor e minha gratidão.
(*) NERI GELLER é deputado federal de Cuiabá e de todo o Mato Grosso. Siga minhas redes:
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