Venezuelano é preso por ameaçar companheira e prometer “surpresa” ao fim do expediente
Homem de 20 anos foi detido no trabalho após série de agressões, ameaças e perseguições contra a jovem de 19 anos Foto: Reprodução
Um homem de 20 anos foi preso nesta sexta-feira (18), em Cuiabá, após ser acusado de agredir, ameaçar e perseguir a companheira, uma jovem de 19 anos. O casal, de origem venezuelana, vivia junto, e os episódios de violência começaram após o suspeito ver uma mensagem de um colega de trabalho no celular da vítima.
Segundo relato da jovem à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM), as agressões começaram no dia 10 de julho. Na ocasião, ela recebeu uma mensagem inofensiva, apenas para anotar o número de um colega. O companheiro se irritou, pegou uma faca e pressionou no pescoço da vítima, que estava deitada com a filha do casal. Apesar da ameaça, a mulher não sofreu ferimentos.
Ainda naquele dia, o agressor a xingou com palavras ofensivas e ameaçou divulgar fotos íntimas da vítima nas redes sociais. Desde então, segundo a jovem, as ameaças se intensificaram. O homem passou a dizer que ela “iria conhecer a pior parte dele” e que teria “uma surpresa” quando chegasse em casa após o expediente.
Na quinta-feira (17), ele chegou a ir até o local de trabalho da vítima para intimidá-la, o que levou a chefe da jovem a adverti-la sobre a possibilidade de prejuízos profissionais. Abalada psicologicamente, com crises de ansiedade, sem conseguir dormir ou comer, a mulher decidiu procurar ajuda da polícia e solicitar medidas protetivas.
Durante o atendimento na DEDM, o agressor enviou novas mensagens ameaçadoras, reafirmando que ela teria “uma surpresa” ao chegar em casa. Diante do risco iminente, a delegada Judá Marcondes autorizou a prisão imediata do suspeito, que foi localizado em seu local de trabalho, no Distrito Industrial de Cuiabá. Ele não resistiu à prisão.
O homem foi encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher e deve responder pelos crimes de ameaça, lesão corporal, perseguição e violência psicológica, além de possível tentativa de coação. A vítima segue assistida pela rede de proteção à mulher.