Rancor e revanchismo: grupo de Léo Bortolin se recusa a estender acordo judicial ao inspetor Adriano
Acordo firmado com a Justiça Eleitoral previa benefício a todos os candidatos a vereador da coligação, mas ex-vereador ficou de fora por decisão do grupo do ex-prefeito Foto: Reprodução
O ex-prefeito de Primavera do Leste, Léo Bortolin, voltou a protagonizar um gesto de revanchismo político ao se recusar a estender um acordo judicial que beneficiaria o inspetor Adriano Carvalho, ex-vereador e atual presidente da JARI (Junta Administrativa de Recursos de Infrações). A medida revela que o ex-gestor ainda não superou a derrota nas urnas e permanece agindo com mágoa e rancor diante do novo cenário político da cidade.
O caso gira em torno de um acordo homologado na Justiça Eleitoral entre as coligações que disputaram as eleições de 2024. O termo previa o arquivamento de ações contra todos os candidatos a vereador da coligação liderada por Bortolin, como forma de pacificação do processo. No entanto, o nome de Adriano foi deliberadamente excluído dos efeitos do acordo.
A defesa do inspetor entrou com petição solicitando que o entendimento fosse estendido, alegando isonomia e o fato de ele ter concorrido nas mesmas condições dos demais beneficiados. O pedido foi reforçado por sua atuação pública, sem qualquer agravante que justificasse o tratamento desigual.
Mesmo assim, os advogados de Léo Bortolin apresentaram manifestação formal contrária à inclusão de Adriano, optando por manter sua exclusão do benefício. A atitude, vista nos bastidores como pequena e mesquinha, reforça o isolamento político do ex-prefeito e o desgaste progressivo de sua imagem pública.
Adriano, que atua hoje em função técnica e tem histórico de serviços prestados ao município, foi um dos nomes mais votados entre os novos quadros da coligação adversária. Sua exclusão é interpretada por aliados como um gesto pessoal de retaliação — sintoma claro de que o grupo de Bortolin ainda carrega frustrações por não ter conseguido manter o controle político da cidade.
Para lideranças jurídicas locais, o caso evidencia como disputas judiciais têm sido usadas como extensão de rivalidades eleitorais. “Acordos judiciais deveriam pacificar e encerrar ciclos. Mas neste caso, infelizmente, viraram instrumento de perseguição”, comentou um advogado que acompanha o processo.
A expectativa agora é de que a Justiça Eleitoral analise o pedido com base no princípio da igualdade de tratamento e possa corrigir o desequilíbrio criado pela postura seletiva e revanchista do grupo de Bortolin. Nos bastidores, cresce a percepção de que o ex-prefeito tenta manter viva uma polarização que já perdeu o sentido diante das novas configurações políticas da cidade.