Um projeto de lei que busca combater o racismo nos ambientes esportivos de Primavera do Leste começa a ser discutido na sessão desta segunda-feira (14), na Câmara Municipal. A proposta, de autoria da vereadora e empresária Dona Maria do SuperCompras (MDB), em coautoria com o vereador Uberdan Moesch (MDB), institui a “Política Municipal de Combate ao Racismo em Ambientes Esportivos” e tem como objetivo principal promover a igualdade racial, prevenir condutas discriminatórias e garantir espaços esportivos mais seguros e respeitosos.

De acordo com o texto, a medida abrange ginásios, estádios, arenas, campos e demais locais destinados à prática de esportes, tanto públicos quanto privados. O projeto prevê a realização de campanhas educativas, divulgação de canais de denúncia, ações de sensibilização junto a servidores e trabalhadores do setor esportivo, além do estímulo à criação de protocolos locais de acolhimento às vítimas de racismo.

“O esporte é lugar de união, superação e respeito. Mas, infelizmente, o racismo ainda se manifesta nesses espaços. Nosso objetivo com esse projeto é lançar uma mensagem clara: em Primavera do Leste não há espaço para qualquer tipo de discriminação”, afirmou a vereadora Dona Maria ao NMT – Notícias de Mato Grosso.

A proposta não impõe custos imediatos ao Poder Executivo e autoriza a celebração de parcerias com órgãos públicos, ONGs e instituições de ensino para a execução das ações previstas. A intenção, segundo a justificativa, é fomentar uma cultura de paz, sem criar encargos extras à máquina pública.

Outro ponto destacado pela parlamentar é o caráter simbólico da proposta, que homenageia atletas vítimas de racismo no esporte, como o jogador Vinícius Júnior. “Esse projeto também é um gesto de solidariedade e valorização da luta de atletas negros que, mesmo brilhando nos campos, são alvos de ofensas inaceitáveis. Queremos transformar isso em ação concreta”, reforçou.

A iniciativa será debatida em plenário com possibilidade de ser incluída na pauta de votação nas próximas sessões. A expectativa é de ampla aprovação, diante da relevância social e do caráter educativo da proposta.

Caso seja aprovada, a nova política poderá ser implementada com apoio das secretarias municipais e da sociedade civil organizada, incluindo conselhos, movimentos sociais e demais entidades comunitárias.