A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) intensificou o combate ao desmatamento ilegal e aos crimes ambientais em Mato Grosso no primeiro semestre de 2025. No período, foram realizadas 127 operações de fiscalização no âmbito da Operação Amazônia, resultando em mais de R$ 1,3 bilhão em multas aplicadas nos três biomas do estado: Amazônia, Cerrado e Pantanal.
O relatório divulgado pela Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento (GPFCD) aponta que, entre janeiro e junho deste ano, foram emitidos 1.708 autos de infração e 1.308 termos de embargo. Ao todo, 110,44 mil hectares foram embargados, sendo 12,43 mil por desmatamento ilegal. As ações atenderam 1.655 alertas de desmate.
A Amazônia concentrou a maior parte das autuações, com R$ 1,2 bilhão em multas. No Cerrado, o montante foi de R$ 104,14 milhões, e no Pantanal, R$ 22,75 milhões. Segundo a Sema, 76% dessas penalidades foram aplicadas presencialmente, durante fiscalizações in loco, enquanto 24% ocorreram por meio de autuações remotas.
Entre as principais infrações ambientais destacadas estão:
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Impedir ou dificultar regeneração da vegetação nativa: R$ 368,56 milhões
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Desmatamento ilegal: R$ 352,03 milhões
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Atividades sem licença ambiental: R$ 205,79 milhões
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Exploração seletiva não autorizada: R$ 109,84 milhões
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Descumprimento de embargos: R$ 97,59 milhões
O planejamento das fiscalizações é feito com base em imagens de satélite da plataforma Planet e por um sistema automatizado de alertas de desmatamento, atualizado semanalmente. Quando há detecção de irregularidade, os proprietários são contatados para interromper imediatamente a atividade, sob risco de sanções administrativas, civis e criminais.
A Operação Amazônia é coordenada pela Sema e conta com o apoio de órgãos estaduais e federais. A atuação inclui desde o monitoramento em tempo real até a apreensão de máquinas utilizadas no crime ambiental e responsabilização dos infratores.