O número de mulheres que conseguem medidas protetivas em Mato Grosso aumentou mais de 30% nos últimos três anos. A polícia e a Justiça acredita que o isolamento social durante a pandemia e o consumo de álcool contribuíram para o crescimento da violência doméstica.
Em 2019, a Justiça concedeu 7.926 e, em 2020, foram 8.183. Já no ano passado o total passou de 10.248 medidas. Só em janeiro deste ano já foram 660.
O botão do pânico tá disponível apenas nas cidades que têm unidades do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp): Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. Ainda não há previsão para expandir o serviço em outros municípios.
Uma mulher que preferiu não se identificar diz que foi agredida pelo ex-marido. Ela fez a denúncia na Polícia Civil, que pediu medida protetiva contra o agressor.
A Associação Ampara Elas deu o suporte jurídico e piscológico para a vítima e dá assistência para mais de 50 mulheres nessas condições, segundo a presidente da entidade, Thaíza Lenzi.
Além do apoio de associações, as vítimas de violência doméstica podem contar com o aplicativo “SOS Mulher”, desenvolvido em uma parceria entre a Polícia Civil e a Justiça.
Pelo aplicativo, é possível denunciar, pedir medida protetiva e ter o acesso ao botão do pânico, que aciona uma equipe da Polícia Militar para atender a vítima. O botão só pode ser acionado por mulheres que conseguiram medida protetiva.
O botão do pânico foi criado em junho do ano passado. Desde então, a Justiça estadual julgou mais de 2500 pedidos. A ferramenta já foi acionada 123 vezes e o dia da semana mais usado foi o domingo.