Polícia Civil desativa posto clandestino de combustível usado em garimpo ilegal
Apreensão de 200 mil litros de óleo diesel representa prejuízo de R$ 600 mil ao crime; investigações seguem para identificar os responsáveis Foto: PJC
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Pontes e Lacerda (a 445 km de Cuiabá), desmantelou na quarta-feira (21) um posto clandestino de combustível utilizado para abastecimento de garimpos ilegais na região. A operação resultou na apreensão de cerca de 200 mil litros de óleo diesel, além de maquinário e materiais empregados na atividade criminosa. O prejuízo estimado ao crime organizado é de R$ 600 mil.
As investigações começaram na terça-feira (20), quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu dois veículos carregados com cerca de mil litros de óleo diesel cada. Um dos veículos foi interceptado em uma estrada vicinal; o outro, no interior de uma propriedade rural. O proprietário da fazenda se apresentou às autoridades, alegando desconhecer o uso do local para armazenamento de combustível.
Com base nas informações colhidas, a Polícia Civil identificou que o combustível havia sido transportado a partir de outra fazenda pertencente ao pai do mesmo proprietário. O local já vinha sendo monitorado pelos investigadores, que realizaram um sobrevoo com drone e constataram a remoção dos contêineres e demais equipamentos usados no posto ilegal.
Na sequência, os policiais civis se deslocaram até uma segunda propriedade, também pertencente ao produtor rural, onde localizaram 22 contêineres, mangueiras, bombas de transferência, além de uma escavadeira hidráulica e um trator. A maioria dos contêineres estava cheia de óleo diesel.
No local, foi detido um homem de 27 anos, que se apresentou como funcionário da fazenda. Inicialmente, ele alegou estar ali apenas para cuidar de criações, mas depois admitiu ter transportado o combustível durante a madrugada, após saber da apreensão feita no dia anterior. O transporte foi feito com uso das máquinas agrícolas encontradas no local.
O delegado Guilherme Campomar da Rocha esteve presente na ação e conduziu a ocorrência, que foi registrada como crime ambiental por manuseio e armazenamento ilegal de substância perigosa à saúde e ao meio ambiente, conforme a legislação vigente.
O funcionário foi encaminhado à delegacia e todo o material foi apreendido. As investigações continuam com o objetivo de identificar os responsáveis pela operação do posto clandestino e sua possível ligação com atividades de garimpo ilegal na região.