As forças de segurança de Mato Grosso confirmaram nesta quarta-feira (24) a apreensão do quarto envolvido no brutal assassinato da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de apenas 16 anos, ocorrido na noite da última terça-feira (22), em Cuiabá. O novo suspeito, também um menor de idade com 16 anos, foi localizado escondido em uma região de mata no bairro Tropical Ville.

Até o momento, já foram detidos quatro suspeitos pelo crime, entre eles o padrasto da vítima, Benedito Anunciação Santana, de 40 anos, e seu filho, de 18. A tragédia começou com um roubo à residência da família, no bairro Morada do Ouro, quando criminosos invadiram a casa, fizeram Heloysa e sua mãe reféns, e fugiram levando um veículo Hyundai HB20 da família — além da adolescente.

O sistema de videomonitoramento Vigia Mais MT foi fundamental para o rastreamento do carro, que foi visto seguindo para o bairro Ribeirão do Lipa. Equipes da polícia realizaram buscas intensas na região e localizaram o corpo da jovem dentro de um poço, coberto por um lençol. A vítima estava com as mãos e pernas amarradas.

A operação de captura dos envolvidos seguiu ininterruptamente, resultando na detenção de dois suspeitos ainda no mesmo bairro onde o corpo foi achado. Eles tentaram fugir pulando muros de residências, mas foram rapidamente alcançados. Um dos detidos, um adolescente de 17 anos, confessou participação no crime e revelou os nomes dos demais comparsas — incluindo o padrasto da vítima.

Benedito Anunciação Santana, identificado como servidor público da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), foi preso e, diante da gravidade dos fatos, teve sua exoneração imediata anunciada pela pasta.

“Diante dos fatos já noticiados, com muita tristeza e indignação, a Seciteci informa que já foi determinada a exoneração do servidor”, declarou o órgão por meio de nota. “Estamos prestando todo o apoio possível à família da vítima e às autoridades policiais. Também nos solidarizamos com os entes enlutados neste momento de profunda dor.”

As investigações seguem sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio de outras forças policiais. O caso gerou comoção social e está sendo tratado como prioridade absoluta pelas autoridades.