Monitorado, mas atuante: traficante com tornozeleira eletrônica é preso com 20 pedras de pasta base em Rondonópolis
Mesmo sob monitoramento eletrônico, suspeito atuava livremente no tráfico de drogas e foi denunciado pelo pai de um menor usuário, temendo pela vida do filho e a impunidade do crime. Foto:
Nem a tornozeleira eletrônica foi suficiente para impedir a atuação criminosa de um traficante no bairro Alfredo de Castro, preso em flagrante na tarde da última segunda-feira (21) durante uma operação do Grupo de Apoio (GAP) do 5º BPM. A prisão aconteceu após uma denúncia anônima e desesperada de um pai, que procurou a polícia ao descobrir que seu filho, de apenas 16 anos e usuário de pasta base de cocaína, havia comprado droga de um indivíduo já conhecido no meio policial.
A denúncia, feita com pedido de anonimato por medo de represálias, incluía as características físicas e dados do suspeito, que segundo o denunciante, estaria em liberdade monitorada com tornozeleira eletrônica. De posse das informações, a equipe do GAP iniciou diligências no bairro Alfredo de Castro e rapidamente localizou o suspeito.
Ao perceber a aproximação da viatura, o homem tentou fugir correndo para o interior de um comércio local, onde foi contido pelos policiais no momento em que tentava se desfazer de um invólucro suspeito. No local, foi confirmada a presença de substância análoga à pasta base de cocaína. Imediatamente foi dada voz de prisão ao suspeito, que foi encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia para registro da ocorrência.
Na delegacia, o invólucro foi aberto e revelou um total de 20 pedras de pasta base de cocaína e uma porção esfarelada da mesma substância. Enquanto o boletim de ocorrência era confeccionado, o celular do preso não parava de receber mensagens. Questionado sobre a possibilidade de desbloquear o aparelho para análise das conversas, o detido recusou, afirmando que temia por sua vida caso expusesse qualquer informação relacionada à atuação de uma facção criminosa.
O histórico do suspeito é preocupante: ele já possui passagens por mandado de prisão (2016), ameaça (2017) e roubo (2020). Apesar do monitoramento eletrônico, o indivíduo seguia atuando no tráfico, colocando em risco a segurança da comunidade local, inclusive aliciando menores.