RONDONÓPOLIS
Polícia Civil cumpre mandados da 2ª fase da Operação Dejanira em Rondonópolis
Ação mira envolvidos na execução de homem julgado por “tribunal do crime”; corpo da vítima ainda não foi localizado Foto: Polícia Judiciária Civil
A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Rondonópolis, deflagrou na manhã desta terça-feira (15/04) a segunda fase da Operação Dejanira, que investiga a execução de Diogo Alves Pereira, de 33 anos, ocorrida em novembro de 2023.
A operação tem como foco o cumprimento de oito ordens judiciais, sendo quatro mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Rondonópolis. Os alvos são investigados pelos crimes de homicídio qualificado, organização criminosa e ocultação de cadáver.
De acordo com as investigações da DHPP, Diogo teria sido levado para uma área conhecida como Escondidinho, onde foi submetido a um chamado “Tribunal do Crime”, sendo “julgado” e executado por integrantes de uma facção criminosa. Até o momento, o corpo da vítima não foi encontrado.
A primeira fase da Operação Dejanira foi realizada no dia 6 de março, com o cumprimento de cinco mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. Os alvos também pertencem à mesma facção e foram levados à Penitenciária Major Eldo de Sá.
Com a nova etapa, o número de presos sobe para nove, todos suspeitos de envolvimento direto no crime.
Origem do nome
A operação foi batizada de “Dejanira” em referência à personagem da mitologia grega descrita na tragédia As Traquínias, de Sófocles. Na narrativa, Dejanira tenta reconquistar o amor de Héracles (Hércules) com uma túnica envenenada, acreditando estar usando uma poção do amor — o que acaba por levá-lo à morte. O nome simboliza a traição, engano e desfecho fatal, elementos que remetem à brutalidade do crime em investigação.
As diligências seguem em andamento, e a Polícia Civil continua as buscas por outros envolvidos e pistas que possam levar à localização do corpo de Diogo Alves.