O programa Vigia Mais MT, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), já conta com mais de 11,6 mil câmeras integradas ao sistema de videomonitoramento em 126 municípios de Mato Grosso. Os equipamentos foram entregues a prefeituras, empresas, associações e escolas estaduais, ampliando a cobertura da segurança pública no estado.

Lançado há dois anos pelo governador Mauro Mendes e pelo secretário de Segurança Pública, coronel César Roveri, o programa começou com a assinatura de termos de cooperação com os municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade e Lucas do Rio Verde. Inicialmente, a meta era instalar 15 mil câmeras em 141 municípios, com um investimento de R$ 30 milhões. No entanto, a expansão para escolas estaduais elevou o número total para mais de 20 mil câmeras, incluindo 5,5 mil adquiridas pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Além disso, com a criação de um novo município, Mato Grosso passou a ter 142 cidades.

Atualmente, 126 municípios já aderiram ao programa, representando quase 90% de cobertura, além de 105 empresas e associações participantes. Ao todo, 11.849 câmeras já foram entregues, com 63 cidades tendo finalizado a instalação. Outras localidades ainda estão na fase inicial ou parcial da implementação. Em 19 municípios, prefeitos solicitaram câmeras adicionais após a conclusão das instalações.

O sistema utiliza câmeras fixas, speed dome e OCRs, sendo estas últimas capazes de identificar placas de veículos em um raio de até 2,5 quilômetros. As imagens captadas ficam acessíveis em tempo real pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), além de gestores e policiais, conforme suas atribuições.

O secretário César Roveri destacou que o Vigia Mais MT se tornou referência nacional no uso de videomonitoramento para segurança pública. Segundo ele, o programa previne crimes, auxilia investigações e gera provas para a Justiça. “Já tivemos diversos casos de veículos roubados que foram recuperados com a tecnologia do programa. Além disso, câmeras registraram homicídios e as imagens foram utilizadas como provas em inquéritos. O sistema também aumenta a sensação de segurança para a população, inibindo a ação de criminosos”, afirmou.

As câmeras monitoram ruas, avenidas, praças e demais espaços públicos. O critério para distribuição dos equipamentos considera população, renda per capita e índices criminais de cada cidade. Os locais de instalação são definidos com base em estudos estratégicos realizados por órgãos como Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.

O programa também prevê a adesão de entidades privadas, como empresas, associações e conselhos comunitários, por meio de termos de cooperação. O Governo fornece gratuitamente as câmeras, junto com nobreaks, switches e armários, enquanto municípios e parceiros ficam responsáveis pelos custos de instalação e manutenção dos equipamentos.