O vereador por Rondonópolis e subtenente do Exército Brasileiro, além de dono de cursinho, Carlos Alberto Guinâncio (PSDB), enfim, abandonou a demagogia de não fazer uso da verba indenizatória de R$ 10 mil, dinheiro esse que fica à disposição da atividade parlamentar.
Eleito em 2016 com o discurso de que não faria uso do direito de que cada um dos 21 parlamentares possui e que tem conotação de evoluir as condições logísticas e representativas, Guinâncio teria mudado de ideia a partir de sua reeleição, ano passado.
É bem verdade que o vereador não prometeu em 2020, como fez na sua primeira campanha, que abriria mão novamente dos R$ 10 mil por mês, mas também procede dizer que não esclareceu o contrário antecipadamente. Muitos eleitores podem ter concluído que o “acordo” seguiria.
Como justificativa oficial, Guinâncio sinaliza falta de confiança na aplicabilidade que o dinheiro teria nas mãos do prefeito Zé Carlos do Pátio (SD), que é para quem acaba sobrando. A votação do vereador caiu mais de 400 votos, saindo da casa dos 1.500 para pouco mais de 1.100 pessoas lhe escolhendo nas urnas.
O vereador acabou se “beneficiando” com a desistência de Rodrigo da Zaeli e Jailton do Pesque e Pague, que fatalmente teriam ficado com o espaço reduzido do PSDB da legislatura passada pra atual, caso não tivessem desistido da carreira política.
A voz solitária dos tucanos, todavia, segue falando grosso e se apresenta como principal nome de uma oposição que tem, bem da verdade, preocupado pouco o prefeito Zé do Pátio no parlamento municipal. Guinâncio está preparando uma investida ao cargo de deputado estadual ou até federal, dependendo o contexto, em 2022.