Ainda sofrendo os impactos da falta de flexibilização, o setor de bares e restaurantes do município de Rondonópolis, especialmente os que trabalham no período noturno, aguarda um posicionamento da prefeitura para conseguir dar continuidade à retomada e aliviar os impactos da pandemia. A restrição de horário de funcionamento até as 22h no período noturno dificulta ainda mais a sobrevivência do setor.
Dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) apontam que o município de Rondonópolis está com casos de Covid-19 controlados e que cerca de 80% da população já recebeu a primeira dose da vacina, a flexibilização nos horários noturnos ainda não aconteceu.
“Já mandamos ofícios para os vereadores e presidente da Câmara de Rondonópolis, mas até agora a ajuda ainda não veio. Para fechar às 22h, o restaurante precisa parar a operação às 21h. Pois, o cliente chega, faz o pedido, tem o tempo de preparo na cozinha, o consumo da refeição e fechamento da conta. Logo, o tempo de permanência de um cliente no restaurante é de no mínimo 1h30”, descreve Lorenna Bezerra, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MT).
A associação solicita pequenas alterações no decreto do município, como a flexibilização do horário de atendimento presencial até 00h de segunda a domingo, a permissão de música ao vivo com distanciamento de 2 metros do palco e dos artistas, permissão de mesas na calçada e vias publicas com distanciamento de 1m50cm entre as mesas e a proibição do consumo em pé de alimentos e bebidas (em eventos, bares, restaurantes, lanchonetes, padarias e similares, dentro ou fora dos estabelecimentos), a fim de controlar aglomerações.
“O segmento não aguenta mais pagar uma conta injusta e desproporcional. Precisamos contar com a sensibilidade do prefeito para com o nosso setor, visto que fomos economicamente um dos mais atingidos em virtude das restrições e fechamentos sem embasamento cientifico, prejudicando não só o setor de alimentação fora do lar, mas também fornecedores, prestadores de serviços e funcionários que perderam seus empregos”, acrescenta Lorenna.