Transformar a região contemplada pela obra da Avenida Beira Rio em uma área onde a população possa interagir com a cultura e a história da cidade. Esse foi o assunto debatido em encontro ocorrido nessa terça-feira (20), do qual participaram o secretário de Cultura de Rondonópolis, Pedro Augusto Araújo, os vereadores Adonias Fernandes, Batista da Coder, Kaza Grande e Marisvaldo Gonçalves, e a representante do Conselho Municipal de Cultura Renata Franco Antunes – que é membro do Setorial Patrimônio Cultural Museus.
“Essa reunião foi provocada inicialmente por uma agenda do Kasa Grande, do Marisvaldo, do Batista e do Adonias. São representantes e lideranças dessa região da Canaã, Ipanema, São Francisco que vai ser impactada com a obra da Avenida Beira Rio”, explica o secretário sobre a conversa envolvendo planos da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) para enaltecer e dar visibilidade ao patrimônio histórico e cultural da cidade.
Objeto de emenda parlamentar do senador Wellington Fagundes que destinou valores para a execução da obra, a construção da Avenida Beira Rio pretende fazer com que os olhos da cidade se voltem para o Rio Vermelho – um dos cartões postais do município. “O projeto está sendo feito por etapas. Essa é a primeira etapa. Mas a gente já está planejando começar a revitalizar esses instrumentos públicos de cultura e de esporte e lazer para receber até a própria avenida. A ideia, para usar uma expressão que o senador Wellington gosta muito, é colocar Rondonópolis de frente para o rio”, compartilha Pedro Augusto.
Todo o escopo para que o projeto dessa transformação cultural ganhe corpo foi discutido durante a conversa. “A gente trabalha em conjunto para que consigamos revitalizar esses instrumentos públicos que permeiam a Beira Rio e criar novos, como, por exemplo, o Rio Vermelho Vivo, para o qual desejamos trazer grandes eventos e shows. Porque acreditamos que existe uma demanda reprimida e ali sempre foram desenvolvidos projetos sociais abertos ao público daquela região, que é uma comunidade carente. Então, esse é o nosso compromisso junto com o senador Wellington, pois sabemos que ele tem uma preocupação na área da cultura e da arte”, afirma o gestor da Secult.
Lugares icônicos, ambientes representativos e espaços simbólicos à memória do rondonopolitano devem ser conservados e mantidos, conforme salienta o secretário. Além dessa proposta que já começa a ser executada, a Secult quer ampliar os locais beneficiados pelo projeto. Por isso, há ainda o intuito de preservar a memória de Rondonópolis por meio do Museu do Índio e do Ribeirinho. “Pensamos em utilizar a área onde funcionava a antiga Colônia Z3. Nossa intenção é urbanizar aquela região, que é a entrada da cidade. Ela surgiu ali e, então, aquela área é simbólica para nós. Os primeiros a chegarem aqui foram os ribeirinhos. E os que já estavam aqui são os índios bororos. Então, nada mais justo do que a gente começar a contar a história de Rondonópolis a partir de quem estava antes do homem branco chegar”, considera o titular da Cultura. Ele ressalta, ainda, que a Secult está aberta a parcerias e buscando apoio para o projeto e que a Pasta tem a intenção de procurar a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) para uma interlocução nesse sentido.