• 24 de fevereiro de 2025
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Brasil vence Grã-Bretanha e conquista o melhor resultado de sua história no Circuito Mundial de Rugby Sevens feminino

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Um dia após a vitória inédita sobre a campeã mundial Austrália, o Brasil voltou a fazer história na etapa de Vancouver (Canadá) do Circuito Mundial. As Yaras derrotaram a Grã-Bretanha por 19 a 10 na noite deste domingo, 23, e conquistaram o melhor resultado do país em todos os tempos na elite mundial: quinto lugar. A seleção feminina superou a campanha de Dubai 2021, quando havia alcançado o sexto lugar. Porém, à época, apenas dez seleções haviam disputado o evento.

“Estou extremamente orgulhosa por termos feito história três vezes neste fim de semana: conquistando a primeira vitória do Brasil sobre a Austrália, sendo líderes na fase de grupos pela primeira vez e terminando o torneio em quinto lugar. São fatos marcantes, mas ainda há muito trabalho a ser feito. Queremos buscar consistência e aperfeiçoar o estilo de jogo verdadeiramente brasileiro. Este é só o começo”, diz a treinadora neozelandesa Crystal Kaua, que assumiu a seleção em outubro do ano passado.

Assim como já havia ocorrido contra a Austrália e a Espanha, as Yaras mostraram poder de recuperação ao longo da partida contra as britânicas e venceram o jogo de virada. Grace Compton anotou o primeiro try logo aos dois minutos. No lance seguinte, foi a vez de Thalia arrancar pelo lado direito, rente à linha lateral, e empatar o jogo. Raquel Kochhann ainda garantiu os dois pontos da conversão e colocou o Brasil na dianteira do placar. Mas, em mais uma jogada bem trabalhada das britânicas, Compton voltou a anotar um try, colocando sua equipe em vantagem antes do intervalo: 10 a 7.

Na segunda etapa, em uma linda finta sobre duas adversárias, Yasmim Soares assinalou o segundo try brasileiro e viu Raquel, mais uma vez, fazer a conversão. O Brasil só ficou mais tranquilo no marcador quando Thalia fez novo try e deu números finais à partida: 19 a 10.

“O sucesso nesta etapa foi um verdadeiro esforço de equipe, que vai muito além das jogadoras em campo. Foi uma conquista de todo o grupo, incluindo quem está aqui no Canadá, quem está no Brasil e quem atua nos bastidores. Este resultado não teria sido possível sem o trabalho incansável de cada profissional envolvido”, complementa Crystal.

A campanha brasileira em Vancouver começou com derrota para as anfitriãs (26 a 19), mas foi seguida de duas vitórias: 14 a 12 sobre as australianas e 19 a 17 contra as espanholas, garantindo as Yaras na liderança do Grupo A. Nas quartas de final, a seleção não se encontrou contra Fiji e acabou superada por 46 a 0. Já contra a Grã-Bretanha, nova reação e primeira vitória sobre as adversárias desde 2021, garantindo o quinto lugar.

Com o resultado, o Brasil soma 12 pontos no ranking e chega a 26 após quatro etapas, mantendo-se em nono lugar na classificação geral. Ainda que tenha ultrapassado a Irlanda, as Yaras viram Fiji ficar com o vice-campeonato em Vancouver e alcançar os mesmos 26 pontos, mas levando vantagem no critério de desempate: melhor colocação em uma etapa.

Os próximos compromissos da seleção feminina pelo Circuito Mundial são em Hong Kong (28 a 30 de março) e Singapura (5 e 6 de abril). Para seguir na briga pelo título, cuja etapa decisiva ocorre em Los Angeles (EUA), nos dias 3 e 4 de maio, e garantir permanência na elite na próxima temporada sem precisar disputar uma repescagem, o Brasil precisa ficar entre os oito primeiros.

Lei de Incentivo ao Esporte

Muitas das jogadoras que estão na seleção brasileira de rugby são oriundas de projetos sociais que associam a prática do esporte com a capacitação educacional e profissional das atletas. E o Ministério do Esporte tem sido um parceiro essencial na estratégia da transformar o esporte em uma ferramenta de inclusão social, atuando preferencialmente junto às comunidades onde os índices de vulnerabilidade são maiores.

O projeto Nina, por exemplo, que começou com o trabalho de voluntários, foi aprovado pela Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) e graças a isso, em suas três edições, conseguiu captar recursos que transformaram o voluntariado em atividade profissional remunerada, ampliando e qualificando o alcance das suas metas.

Segundo Leca Jentzsch, Gerente Nacional do Projeto Nina, as mulheres compõem 86% da mão de obra do projeto, o que não impede a participação masculina. Mais de 400 meninas são atendidas em 21 clubes esportivos espalhados por seis estados, nas cinco regiões brasileiras. Além do treinamento esportivo e a organização de campeonatos entre os clubes, o projeto oferece cursos de capacitação presenciais e online, realiza lives que ajudam a prevenir a violência contra mulheres, explica os tipos de assédio e como enfrentá-los, produz material didático e ensina como formular projetos que atendam as exigências LIE.

Para Isânia Cruvinel, diretora de Programas e Políticas de Incentivo ao Esporte do MEsp, “a modalidade desponta no Brasil como um esporte inovador que atua com uma geração competitiva e um público muito interessado em acompanhar os torneios. E a Confederação Brasileira de Rugby se dedica em preparar as seleções, nacionais e internacionais com muita precisão para alcançar seus objetivos. Parte significativa do sucesso dessa inciativa decorre do apoio dado pelo Ministério do Esporte através da Lei de Incentivo ao Esporte”.

As Yaras

As jogadoras de rugby do Brasil são chamadas de Yaras por referência à guerreira Yara, da mitologia Tupi-Guarani. O nome foi escolhido para simbolizar o espírito guerreiro da mulher brasileira. 

Assessoria de comunicação – Ministério do Esporte – com  Ascom da Confederação Brasileira de Rugby

Fonte: Ministério do Esporte

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