Desempenho em 2018
Nesse contexto, Daciolo reafirma que confia nos próprios índices obtidos em 2018. Ele recebeu apenas 1,26% (1.348.323) dos votos registrados em primeiro turno, mas terminou a corrida na frente de nomes tradicionais da política, como Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede) e Álvaro Dias (Podemos). O político garante que repetirá a dose, e tentará, mais uma vez, em 2022, a cadeira presidencial.
“Sou pré-candidato, sim, à Presidência da República. Estamos trabalhando a questão do partido. Infelizmente, não tem candidatura avulsa. Seria bom que não precisasse de partido para virar candidato”, lamenta.
Atualmente sem partido, o ex-bombeiro contou ao Metrópoles que, em novembro de 2020, sofreu um “boicote” nas eleições municipais. Segundo Daciolo, a intenção dele era se candidatar à Prefeitura do Rio de Janeiro, pelo Partido Liberal (PL), e depois tentar a Presidência.
“Eu me filiei ao PL no início do ano (2020), com o propósito de virar candidato. Porém, por conta da Covid-19, pedi ao partido para não anunciar a minha intenção de concorrer à prefeitura. Queria, de coração, poder mostrar um trabalho verdadeiro e, em 2022, voltar a tentar ser presidente”, disse, na ocasião.
O partido, no entanto, decidiu apoiar Eduardo Paes, então no DEM e agora no PSD, para a prefeitura do Rio. Paes acabou vencendo. “Não sei exatamente os termos da negociação. Então, na verdade, fomos boicotados!”, disse à reportagem, em dezembro de 2020.
Patriota
A única certeza é que Daciolo não se candidatará pelo Patriota, sigla que defendeu em 2018 e da qual saiu em 2019. Exatamente por causa dessa ligação, ele tem uma opinião formada sobre a possibilidade de Jair Bolsonaro entrar na legenda.
“Bolsonaro não tem nada de patriota. Entrega a nossa nação, ou melhor, não atua para libertar nossa colônia e transformá-la em uma verdadeira nação. Eu acredito nessa libertação e na dignidade do povo brasileiro”, discursa.
No dia 31 de maio, o senador Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente, filiou-se ao Patriota. Um dia depois, o presidente da sigla, Adilson Barroso, foi até o Palácio da Planalto convidar formalmente o presidente Jair Bolsonaro para se juntar a eles. Bolsonaro está sem partido há mais de um ano.