A Polícia Federal prendeu três suspeitos de envolvimento em ataques cibernéticos ao STF (Supremo Tribunal Federal). As prisões foram em Pernambuco e fizeram parte da Operação ‘LEET”, que está sendo realizada na manhã de hoje.
Além das três prisões, estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. A operação ocorre nas cidades de Itumbiara (GO), Bragança Paulista (SP), Belém do São Francisco, Jaboatão dos Guararapes e Olinda —as três últimas em Pernambuco. Não foram divulgados os nomes dos suspeitos presos.
O ataque hacker ao STF aconteceu em maio, quando houve uma tentativa de invasão ao sistema da Corte. A partir de então a PF passou a investigar o caso.
Durante as investigações foram identificados os endereços de onde teriam partido os ataques e das pessoas que, de forma sistemática e organizada, praticaram os crimes ora apurados, de acordo com a PF.
Com as medidas judicias cumpridas hoje, a PF busca identificar outros possíveis integrantes do grupo e as circunstâncias dos crimes praticados.
Os suspeitos são acusados dos crimes de invasão de dispositivo informático e associação criminosa. Somadas, as penas podem chegar a cinco anos de reclusão.
A PF informou ainda que o termo “LEET”, também conhecido como “eleet” ou “leetspeak” e que dá nome à operação, é uma alternativa ao alfabeto inicialmente usado para o idioma inglês, empregado principalmente na internet. Utiliza-se de várias combinações de caracteres ASCII para substituir letras do alfabeto latino. É usado como um adjetivo para descrever proeza formidável ou realização, especialmente nas áreas de jogos online e em sua forma original, usada por hackers de computador.
Acesso fora do padrão tirou do ar site do STF
O site do Supremo saiu do ar na madrugada de 6 de maio, após o órgão identificar um acesso fora do padrão. Para evitar que dados fossem roubados, o STF retirou o acesso ao portal para usuários externos.
O acesso fora do padrão foi contido enquanto ainda estava em andamento e, segundo o STF, somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas.
Foi revelado ainda que o acesso não teve intuito de “sequestro” de ambiente, com características de ransomware, mas apenas de obtenção de dados.
Os serviços do site do STF levaram dias para serem normalizados.