Novas regras tributárias e ambientais em 2025 exigem atenção redobrada de produtores rurais e cooperativas
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A partir de janeiro de 2025, o setor agropecuário brasileiro passa a operar sob um novo conjunto de regras tributárias, ambientais e contratuais, que impactam diretamente produtores rurais, cooperativas e empresas do agronegócio.
As mudanças incluem novos critérios de crédito, revisões contratuais e a digitalização completa de processos fiscais e documentais, exigindo adaptação imediata para evitar prejuízos na safra.
O início do ano será marcado por uma fase de ajuste e adequação, já que a legislação recente altera procedimentos em áreas estratégicas da gestão rural, como tributação (Funrural), contratos de arrendamento e parcerias agrícolas.
Especialistas alertam: 2025 será o ano da conformidade no campo
De acordo com o advogado tributarista e especialista em direito agrário Adriano de Almeida, sócio do escritório Durão & Almeida, Pontes Advogados Associados, 2025 representa um divisor de águas para o setor.
“Quem ainda não adaptou a gestão financeira e documental da propriedade às novas exigências legais pode enfrentar sérios riscos operacionais”, ressalta.
O especialista explica que a digitalização definitiva de processos, como Certidões Negativas de Débito (CNDs), notas fiscais eletrônicas e registros de transporte, transforma o próximo ano no marco da conformidade digital no agronegócio.
Empresas e produtores que não se adequarem às novas exigências podem enfrentar bloqueios, restrições de crédito e autuações fiscais.
Contratos rurais e Funrural passam por revisão obrigatória
As mudanças também atingem contratos de arrendamento, parceria e compra futura, que deverão ser revisados à luz de novas interpretações administrativas e judiciais.
Esses ajustes são essenciais para evitar insegurança jurídica e perdas financeiras, especialmente em negócios de longo prazo.
No caso do Funrural, a atualização das regras de contribuição reforça a necessidade de revisão contábil e tributária detalhada, uma vez que as novas bases de cálculo e declarações eletrônicas exigem maior precisão nas informações enviadas aos órgãos federais.
Sustentabilidade e crédito rural: exigências mais rígidas
Outro ponto de atenção para o setor é a integração entre critérios ambientais e acesso ao crédito rural.
A partir de 2025, instituições financeiras passarão a considerar parâmetros de sustentabilidade, rastreabilidade e mercado de carbono como parte da análise de risco.
Na prática, propriedades sem regularização ambiental ou registros atualizados no CAR e no PRA podem encontrar dificuldades na liberação de crédito agrícola.
Segundo Adriano de Almeida, essa transformação exige planejamento jurídico e tributário antecipado.
“A legislação mudou, os bancos mudaram, as fiscalizações mudaram. O produtor que entrar em janeiro sem planejamento pode perder crédito, ter contratos anulados ou sofrer autuações pesadas. O campo não tem mais espaço para improviso”, alerta o especialista.
Planejamento é essencial para evitar perdas em 2025
Diante do novo cenário regulatório, a recomendação de advogados e consultores é que os produtores antecipem ajustes de gestão, regularização fiscal e revisão de contratos antes da virada do ano.
A adoção de ferramentas digitais de controle e documentação será indispensável para manter a operacionalidade e o acesso a crédito, garantindo segurança jurídica e competitividade em um ambiente de regras mais rigorosas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






