China ultrapassa Rússia e se torna maior fornecedora de fertilizantes ao Brasil, aponta relatório do Itaú BBA
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O mais recente relatório Agro Mensal, elaborado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, traz uma análise detalhada sobre o desempenho do mercado de fertilizantes no Brasil e no cenário internacional. Segundo o levantamento, os preços seguem em queda, reflexo da fraca demanda global.
Embora o espaço para novas reduções seja limitado — já que o potencial de baixa comentado anteriormente parece estar incorporado nas cotações atuais — o relatório indica que a demanda internacional deve ganhar força nos próximos meses, acompanhando o ciclo de compras dos países do Hemisfério Norte.
Importações brasileiras desaceleram, mas seguem acima de 2024
Entre janeiro e novembro de 2025, o Brasil importou 38,8 milhões de toneladas de fertilizantes, volume 2,1% superior ao registrado no mesmo período de 2024. Apesar disso, o ritmo de entrada vem diminuindo: em novembro, as importações recuaram 18% na comparação anual.
O relatório destaca que as mudanças estruturais nas origens do produto têm chamado atenção. Em 2025, a China superou a Rússia e assumiu a liderança como principal fornecedora de fertilizantes e matérias-primas para o Brasil. A participação chinesa nas importações saltou de 5% em 2016 para 23% em 2025, concentrando, ao lado da Rússia, quase metade de toda a pauta de importações brasileiras do setor.
Ureia cai para USD 400 por tonelada com fraca demanda global
No segmento de fertilizantes nitrogenados, a expectativa de leilões para compra de ureia pela Índia — que poderia movimentar grandes volumes — não se concretizou. O país não deve realizar novas aquisições neste ano, o que tem pressionado ainda mais os preços globais.
Após recuar 2,9% em novembro, quando atingiu USD 412 por tonelada, o produto passou a ser negociado nas primeiras semanas de dezembro por cerca de USD 400/t nos portos brasileiros.
Mercado de potássicos segue parado e preços recuam levemente
O mercado de fertilizantes potássicos permanece com poucos negócios fechados. No Brasil, o cloreto de potássio (KCl) está sendo negociado a USD 352 por tonelada CFR nos portos, valor ligeiramente inferior ao observado no mês anterior.
Oferta global de fosfatados cresce e pressiona preços
No caso dos fertilizantes fosfatados, o Itaú BBA aponta para um aumento na oferta global, o que tem contribuído para estabilidade e leve queda de preços. O MAP (fosfato monoamônico) manteve-se estável ao longo de novembro, mas, nas primeiras semanas de dezembro, a cotação recuou para USD 625 por tonelada no porto.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






