Manejo de pasto e suplementação estratégica impulsionam desempenho do gado de corte, aponta Trouw Nutrition
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A pecuária de corte no Brasil segue em expansão. Entre 2004 e 2024, a produção de carne bovina aumentou mais de 25%, atingindo 11,8 milhões de toneladas equivalente carcaça (TEC). Segundo a ABIEC, o país exportou 2,89 milhões de toneladas no último ano, o que representa 32% da produção total.
Apesar do avanço dos sistemas de confinamento, que respondem por apenas 19,86% dos abates, o boi brasileiro ainda é predominantemente de pasto, tornando o manejo da forragem o principal determinante do desempenho animal, afirma Ramon Lopes Salvatte, coordenador Técnico Beef da Trouw Nutrition.
Dieta é pasto mais suplemento: a base do ganho de peso
A marca Bellman, da Trouw Nutrition, reforça há décadas que a combinação de forragem bem manejada e suplementação estratégica define o ganho de peso. Salvatte destaca que a régua de manejo da Embrapa, com alturas específicas de entrada e saída do pasto, continua sendo uma ferramenta essencial.
“Quando o pasto cai abaixo de 40% da altura recomendada, o animal anda mais, seleciona menos, gasta energia e perde potencial de ganho”, explica.
Suplementação mineral: base para todas as categorias
A suplementação mineral é fundamental em sistemas a pasto e se aplica a todas as categorias: cria, recria e engorda. Salvatte ressalta que o mineral corrige desequilíbrios típicos das forragens tropicais e prepara o animal para expressar seu desempenho máximo.
No período das águas, quando o pasto cresce rapidamente e dilui nutrientes, a escolha do mineral deve considerar categoria, escore corporal e histórico de consumo. Para matrizes paridas, produtos adensados ou aditivados, como o Bellisco SV, podem ser necessários para recuperação de escore e ganho moderado aliado à correção mineral.
“O mineral só funciona quando consumido na quantidade certa. Monitorar o cocho é um manejo simples, mas que muda o resultado”, reforça.
Suplementação proteica: aproveitando o potencial do pasto
Durante o verão, quando as forragens tropicais apresentam alto teor de proteína, os suplementos proteicos de 20% a 30% de proteína bruta ajudam a manter o desempenho em alta. Salvatte explica que mais proteína microbiana aumenta a degradação da fibra e a ingestão de matéria seca, potencializando o consumo de pasto.
O fornecimento deve ser preciso, cerca de 1 a 2 gramas por quilo de peso corporal, com cocho adequado e espaço linear suficiente. Quando bem aplicado, o proteinado é especialmente eficiente na recria.
Suplementos proteico-energéticos: impulso extra para ganho de peso
Os suplementos proteico-energéticos vão além, aumentando a oferta de carboidratos não fibrosos e melhorando a digestibilidade da dieta. Estudos indicam incrementos superiores a 60% no ganho diário em comparação ao sal mineral.
Salvatte destaca que esse tipo de suplemento também altera o comportamento do gado, antecipando a ida ao cocho e reorganizando o padrão de pastejo, permitindo oferecer o suplemento em horários estratégicos, como durante os períodos mais quentes.
O manejo deve garantir consumo entre 0,3% e 0,5% do peso vivo, com cochos protegidos.
“O suplemento responde ao pasto. Quando o manejo da forragem, a escolha do produto e o horário de fornecimento caminham juntos, o sistema expressa todo o potencial produtivo”, conclui Salvatte.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






