• 18 de dezembro de 2025
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SAÚDE

Denúncia vazia distorce atendimento a gestante e ignora protocolos médicos em Primavera do Leste

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Um vídeo divulgado recentemente nas redes sociais, com tom alarmista e sem qualquer comprovação documental, tentou lançar suspeitas sobre o atendimento prestado a uma gestante na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h de Primavera do Leste. A denúncia, baseada exclusivamente em relato indireto e desprovida de prontuário médico, ficha de atendimento ou qualquer documento oficial, acabou gerando desinformação e insegurança, sobretudo entre mulheres grávidas que dependem do sistema público de saúde.

Os documentos oficiais da Secretaria Municipal de Saúde desmontam a narrativa apresentada no vídeo. Conforme relatório administrativo e laudo médico, a paciente deu entrada na UPA no dia 16 de dezembro apresentando dor em baixo ventre, sangramento vaginal persistente com presença de coágulos e histórico de abortos anteriores — um conjunto de fatores que caracteriza gestação de risco e exige avaliação médica imediata. Diante desse cenário, a classificação do atendimento como urgência seguiu critérios técnicos e protocolos assistenciais amplamente reconhecidos.

O atendimento ocorreu dentro do fluxo previsto. A paciente foi avaliada presencialmente por médico plantonista, recebeu medicações exclusivamente de suporte, indicadas para controle de dor, náuseas e espasmos — todas consideradas seguras durante a gestação — e teve seu quadro clínico monitorado. Em nenhum momento houve prescrição de medicamentos com efeito abortivo ou qualquer tentativa de indução de procedimento.

Contrariando o teor da denúncia, a decisão pelo encaminhamento não foi isolada nem precipitada. O médico da UPA entrou em contato direto com médica ginecologista obstetra em regime de sobreaviso, que, após ser informada sobre o quadro clínico e o histórico da paciente, orientou o encaminhamento imediato para avaliação obstétrica em ambiente hospitalar. Trata-se de conduta prudente e recomendada em situações de sangramento durante a gestação, justamente para preservar a segurança da gestante e do feto.

Outro aspecto ignorado na denúncia diz respeito ao papel institucional da UPA. A unidade não realiza procedimentos cirúrgicos, não faz curetagem e não confirma diagnósticos definitivos de aborto. Sua função é avaliar, estabilizar e encaminhar o paciente quando há necessidade de exames complementares e acompanhamento especializado. Foi exatamente esse protocolo que foi seguido no caso em questão.

Ao transformar um atendimento técnico, respaldado por critérios médicos e orientação especializada, em uma acusação genérica e sem provas, a denúncia acaba prestando um desserviço à população. Além de não se sustentar documentalmente, cria pânico injustificado e tenta desacreditar profissionais que atuaram dentro da legalidade, da ética e da responsabilidade.

Ao final, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou nota à imprensa para esclarecer os fatos e orientar corretamente a população.

NOTA À IMPRENSA

Esclarecimentos sobre atendimento a gestante na UPA 24h de Primavera do Leste

A Secretaria Municipal de Saúde de Primavera do Leste esclarece, de forma transparente, informações que circularam nas redes sociais sobre o atendimento a uma gestante na UPA 24h, com o objetivo de orientar corretamente a população.

A paciente procurou a UPA após apresentar sangramento vaginal persistente, com coágulos, e dor abdominal, sintomas que não são normais durante a gestação e exigem avaliação médica imediata. Além disso, a paciente possuía histórico de abortos anteriores, o que caracteriza uma gestação de risco.

Na UPA, a paciente foi avaliada presencialmente pelo médico, recebeu medicação apenas para controle de sintomas, como dor e náusea — medicamentos que não provocam aborto e são seguros na gestação — e teve seu quadro clínico monitorado.

Diante da gravidade potencial do quadro, o médico da UPA entrou em contato direto com uma médica ginecologista obstetra, que estava de sobreaviso, e, após relatar a situação clínica da paciente, recebeu a orientação de encaminhamento imediato para avaliação obstétrica em hospital, no mesmo momento.

É importante esclarecer que a UPA não realiza procedimentos cirúrgicos, não faz curetagem, nem confirma diagnósticos definitivos de aborto. O papel da UPA é avaliar, estabilizar o paciente e encaminhar para o hospital, quando há necessidade de exames mais detalhados e acompanhamento especializado — exatamente o que foi feito neste caso.

O encaminhamento ocorreu por cautela e segurança, para garantir que a gestante fosse avaliada por especialistas em ambiente hospitalar credenciado para a prestação de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde são realizados exames complementares e definida a conduta adequada, conforme cada situação clínica.

A Secretaria Municipal de Saúde reforça que em nenhum momento foi solicitado aborto, mas sim uma avaliação especializada, respeitando protocolos médicos e priorizando a segurança da paciente e do bebê.

Por fim, a Secretaria destaca que todas as manifestações são tratadas com responsabilidade e transparência, permanecendo à disposição da imprensa e da população para esclarecimentos, sempre respeitando o sigilo e a privacidade dos pacientes.

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