Produtores dosam ritmo de vendas e comercialização de café atinge 69% da safra 2025/26
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A comercialização de café da safra 2025/26 do Brasil alcançou 69% da produção prevista até o dia 10 de dezembro, segundo levantamento divulgado pela Safras & Mercado nesta terça-feira (16). O resultado representa um avanço de sete pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Apesar do progresso, o ritmo das vendas continua abaixo do registrado no mesmo período de 2024, quando 79% da safra já estavam comprometidos, e inferior à média dos últimos cinco anos, de 74%.
Produtor mantém postura cautelosa diante dos preços
De acordo com a consultoria, o produtor brasileiro segue atuando com cautela, adotando uma postura defensiva nas negociações.
“O produtor segue na defensiva, dosando as vendas e administrando o bom momento de preços, sem pressa”, destacou a Safras & Mercado em nota.
Essa estratégia reflete a intenção dos cafeicultores de aproveitar eventuais altas de preço no mercado físico e internacional, evitando comprometer grandes volumes antecipadamente.
Café arábica: menor safra reduz volume de negócios
Entre as variedades, as vendas de café arábica alcançaram 67% da produção até o início de dezembro. O desempenho é inferior ao observado em igual período do ano passado (77%) e também abaixo da média dos últimos cinco anos (72%).
Segundo a consultoria, a retração do produtor está diretamente relacionada à menor safra colhida em 2025, o que reforça o comportamento mais seletivo nas negociações.
Conilon/robusta: vendas mais lentas e abaixo da média histórica
Já a comercialização do café conilon (robusta) chegou a 71% da produção, também até o dia 10 de dezembro. O índice segue bem abaixo dos 84% registrados no mesmo período de 2024 e da média histórica de 79%.
A lentidão nas vendas dessa variedade está associada à firmeza nos preços internos e à cautela dos produtores, que preferem manter parte dos estoques diante de um mercado mais competitivo.
Panorama geral do mercado
Com os preços do café ainda sustentados por fatores como o câmbio elevado, a demanda aquecida no mercado interno e a expectativa de recuperação das exportações, o ritmo de comercialização tende a permanecer gradual nas próximas semanas.
Analistas destacam que, embora a oferta limitada do arábica e a postura defensiva dos produtores influenciem o fluxo de negócios, a liquidez do mercado deve aumentar à medida que se aproximam as entregas da nova safra e novas oportunidades de exportação.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






