Mercado de café inicia semana em queda com pressão do clima e aumento da oferta global
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O mercado cafeeiro começou a semana registrando forte volatilidade, refletindo o impacto do clima nas principais regiões produtoras e a perspectiva de maior oferta global. Na manhã desta segunda-feira (15), as cotações do café operavam em queda nas bolsas internacionais, com investidores atentos às novas estimativas de produção.
Produção brasileira maior pressiona preços internacionais
Segundo o boletim do Escritório Carvalhaes, os fundamentos que sustentam o mercado permanecem inalterados: as incertezas climáticas que afetam o Brasil e outros países produtores, além dos estoques globais reduzidos.
De acordo com informações do portal Barchart, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a produção brasileira de café em 2025 em 2,4%, alcançando 56,54 milhões de sacas — número superior à previsão anterior de 55,20 milhões. Essa revisão para cima ampliou a pressão sobre os preços internacionais.
Exportações do Vietnã reforçam cenário de maior oferta
Outro fator que contribui para a retração nas cotações é o aumento nas exportações do Vietnã, principal concorrente do Brasil na produção de café robusta.
Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas vietnamita, as exportações de novembro cresceram 39% em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto o volume acumulado entre janeiro e novembro apresentou alta de 14,8% na comparação anual.
Safra brasileira 2026/27 pode atingir até 74,4 milhões de sacas
Um relatório da Hedgepoint Global Markets, divulgado nesta segunda-feira, projeta que a safra de café brasileira para o ciclo 2026/27 deve ficar entre 71 e 74,4 milhões de sacas.
As estimativas apontam produção de 46,5 a 49,0 milhões de sacas de café arábica e entre 24,6 e 25,4 milhões de sacas de conilon.
“As chuvas de outubro e novembro favoreceram a floração do arábica, enquanto o conilon manteve bom desenvolvimento nas principais regiões produtoras, ainda que o volume deva ficar abaixo do pico da safra 2025/26”, destacou o levantamento.
Cotações em queda nas bolsas internacionais
Por volta das 9h40 (horário de Brasília), os contratos futuros do arábica registravam desvalorização expressiva:
- Dezembro/25: queda de 570 pontos, cotado a 391,50 cents/lbp;
- Março/26: baixa de 660 pontos, negociado a 362,70 cents/lbp;
- Maio/26: recuo de 695 pontos, valendo 346,40 cents/lbp.
No caso do robusta, as perdas também foram relevantes:
- Janeiro/26: queda de US$ 53, a US$ 4.069/tonelada;
- Março/26: baixa de US$ 56, cotado a US$ 3.943/tonelada;
- Maio/26: desvalorização de US$ 68, chegando a US$ 3.868/tonelada.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






