• 15 de dezembro de 2025
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BP Bioenergy aumenta eficiência na produção de etanol com leveduras biotecnológicas

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A bp bioenergy, uma das principais empresas brasileiras de etanol, açúcar e bioeletricidade, tem ampliado a eficiência de suas operações industriais por meio da aplicação de soluções biotecnológicas, visando também reduzir a intensidade de carbono de sua produção.

Nos últimos cinco anos, a companhia trabalha em parceria com a Lallemand Biofuels & Distilled Spirits (LBDS), utilizando leveduras biotecnológicas de alta performance voltadas à fermentação do etanol. A iniciativa faz parte da estratégia da empresa de buscar inovação, aumentar a produtividade e reforçar o compromisso com a sustentabilidade.

Leveduras de alta performance elevam rendimento e estabilidade

Segundo dados em escala industrial, a utilização das leveduras biotecnológicas contribui para elevar o índice de Recuperação Geral da Destilaria (RGD) — indicador que mede o desempenho do processo fermentativo — e para aumentar a estabilidade operacional.

Na safra 2024/25, a persistência das leveduras, ou seja, o tempo em que permanecem ativas durante a fermentação, atingiu média de 206 dias. A unidade de Ituiutaba (MG) destacou-se nesse quesito, com leveduras mantendo-se ativas durante os 280 dias da safra.

“Elas permanecem na fermentação por toda a safra, oferecendo estabilidade ao processo. Isso demonstra como a biotecnologia, aliada ao controle de processo, redefine o padrão de eficiência do setor”, afirma Elisa Lucatti, gerente de aplicações da LBDS.

Engenharia metabólica melhora rendimento sem aumentar insumos

A levedura biotecnológica desenvolvida pela LBDS utiliza engenharia metabólica para redirecionar parte do carbono que seria convertido em glicerol — subproduto de baixo valor — para a produção de etanol.

O resultado é um aumento do rendimento da destilaria sem maior consumo de matéria-prima. Além disso, a maior estabilidade das leveduras reduz a entrada de cepas selvagens no processo fermentativo, diminuindo o desgaste de equipamentos e o uso de insumos químicos, como ácido sulfúrico, garantindo maior continuidade operacional.

Rendimento Total Corrigido cresce com uso de leveduras

Aliado a outras iniciativas de melhoria de performance, como padronização de processos, investimentos em ativos críticos e capacitação técnica de equipes, o uso das leveduras contribuiu para o aumento do Rendimento Total Corrigido (RTC) da companhia — indicador relacionado à eficiência industrial — que desde 2020 registra um crescimento médio de 1,5%.

Segundo Darlan Barros, diretor industrial da bp bioenergy:

“Buscamos constantemente oportunidades para aprimorar o desempenho de nossas operações por meio de soluções técnicas e sustentáveis. Os resultados obtidos demonstram que é possível evoluir em eficiência e confiabilidade sem ampliar o consumo de recursos.”

Impacto ambiental positivo e geração de CBIOs

O melhor rendimento e estabilidade também refletem no desempenho ambiental da empresa, aumentando o potencial de geração de Créditos de Descarbonização (CBIOs) no programa RenovaBio, política pública que incentiva a redução da intensidade de carbono dos combustíveis no país.

Fernanda Firmino, vice-presidente da LBDS na América do Sul, destaca que a bp bioenergy foi uma das primeiras empresas do setor a aplicar leveduras biotecnológicas em larga escala no Brasil. “A aplicação disciplinada e o controle rigoroso de processo foram determinantes para o sucesso dessa tecnologia”, afirma.

Expansão da tecnologia em todas as unidades

Atualmente, todas as 11 unidades da bp bioenergy, localizadas em cinco estados brasileiros, utilizam leveduras fornecidas pela LBDS. Com os resultados obtidos, a empresa avalia expandir o uso da tecnologia e testar novas cepas para diferentes perfis operacionais.

A iniciativa reforça o compromisso contínuo da companhia com a eficiência e sustentabilidade na produção de etanol.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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