Safra 2026 desafia produtores brasileiros a enfrentar extremos climáticos e proteger produtividade
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A safra 2026 se aproxima e traz desafios inéditos para o produtor brasileiro. Com os efeitos das mudanças climáticas, eventos como secas prolongadas, ondas de calor e chuvas irregulares tornam o cultivo mais arriscado e imprevisível. Para manter a produtividade e reduzir perdas, será necessário planejamento estratégico, adaptação tecnológica e decisões técnicas precisas.
Impactos climáticos globais e nacionais ameaçam a produção
Relatórios recentes da FAO (Food and Agriculture Organization) e da WMO (World Meteorological Organization) mostram que o calor extremo já compromete culturas, pastagens e sistemas de irrigação em todo o mundo. Estudos do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) indicam quedas de até 12% em milho e soja e mais de 9% em trigo nos últimos anos devido a secas e ondas de calor.
No Brasil, os efeitos são significativos. Entre 2013 e 2022, estiagens e chuvas severas causaram perdas estimadas em R$ 287 bilhões, atingindo milhões de hectares e pressionando a renda do produtor. Consequência disso foi a retração do PIB da agropecuária em 3,2% em 2024, a maior desde 2016, puxada por perdas em grãos como soja e milho, segundo o IBGE.
Maior vulnerabilidade a doenças e necessidade de adaptação
O cenário climático também aumenta a vulnerabilidade das lavouras a doenças. Pesquisas da Embrapa apontam que até 46% dos patossistemas que atingem soja, milho, café, hortifrúti e cana devem se intensificar até o fim do século, em função do aquecimento global e alterações no regime de chuvas.
Diante disso, estratégias como diversificação de cultivos, uso de variedades mais tolerantes, irrigação eficiente, manejo hídrico inteligente e monitoramento fitossanitário contínuo tornam-se essenciais para mitigar riscos e preservar a produtividade da safra.
Empresas do setor reforçam orientação técnica
Para empresas que atuam junto aos produtores, como a Sonhagro, o momento é decisivo para orientar boas práticas e apoiar decisões alinhadas ao clima real da lavoura. Pesquisas de mercado indicam que 71% dos CEOs do setor veem as mudanças climáticas como o principal fator de transformação do agronegócio nos próximos três anos, superando tecnologia e preço de commodities.
Romário Alves, CEO da Sonhagro, afirma: “A safra 2026 será um divisor de águas para o agro brasileiro. Quem investir em planejamento, tecnologia e gestão de risco terá vantagem competitiva. O custo de não se adaptar será maior do que qualquer investimento em adaptação”.
Tecnologia como aliada da resiliência
Thiago Grimm, agrônomo especialista em gestão e tecnologia agrícola, reforça que a agilidade na tomada de decisão será determinante. “Os extremos climáticos já não são exceção, são a nova regra. Produtores que adotam monitoramento, manejo baseado em dados e soluções de mitigação climática reduzem perdas e conseguem prever cenários com mais precisão. Em 2026, quem usar tecnologia terá mais resiliência”.
Safra 2026: teste de resiliência para o agro
Mais do que um ciclo de plantio, 2026 representa um teste de resiliência. A capacidade de integrar técnica, tecnologia e consciência ambiental definirá quem atravessará o período com segurança e quem ficará vulnerável às instabilidades climáticas. Para o agro brasileiro, a safra é uma oportunidade de transformar adaptação em estratégia e estratégia em produtividade.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio





