Mercado de soja mantém firmeza no Brasil e observa recuperação moderada em Chicago
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O mercado brasileiro de soja apresenta firmeza relativa nas principais regiões, com destaque para os portos e áreas de maior demanda. No Rio Grande do Sul, a oferta imediata nos armazéns está reduzida, sustentando os preços próximos aos portos. Em Santa Rosa, a saca é cotada a R$ 136, enquanto em Cruz Alta gira em torno de R$ 132,14. Já Panambi registrou recuo no preço de pedra para R$ 121, refletindo resistência local frente ao ritmo comprador, segundo a TF Agroeconômica.
Em Santa Catarina, o impacto do ciclone que paralisou parcialmente operações portuárias pressiona a logística, elevando custos de armazenamento e incentivando negociações antecipadas. No porto de São Francisco do Sul, a saca foi cotada a R$ 142,37, alta de 0,44% na semana.
No Paraná, o corredor de exportação mantém viés firme, enquanto o interior registra ligeira baixa devido à expectativa de maior volume, estimulando vendas apenas de quem precisa liberar espaço. Preços FOB reportados incluem: Paranaguá R$ 141,82, Cascavel R$ 131,65, Maringá R$ 130,95 e Ponta Grossa R$ 133,22. No balcão, a referência em Ponta Grossa ficou em R$ 120.
Nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, a estabilidade predomina, embora áreas mais tecnificadas ajustem estoques de forma defensiva. Em Dourados, o spot foi cotado a R$ 126,82, enquanto em Lucas do Rio Verde, no MT, a saca atingiu R$ 118,72, refletindo decisões estratégicas ligadas à colheita e à janela do milho safrinha.
Chicago: mercado externo observa leve recuperação
Na Bolsa de Chicago, os contratos de soja iniciaram o dia com estabilidade e pequenas altas. Por volta das 5h40 (horário de Brasília), o janeiro era cotado a US$ 10,91/bushel e o maio a US$ 11,10/bushel. O mercado segue atento a fatores como:
- Demanda chinesa por soja nos EUA;
- Clima na América do Sul;
- Conclusão da safra norte-americana;
- Cenário geopolítico global.
Segundo analistas, o mercado permanece cauteloso, evitando movimentos bruscos neste final de ano.
Alta moderada e fatores externos sustentam preços
Na sessão anterior, a recuperação moderada foi impulsionada por compras técnicas, após quedas que levaram os contratos de dezembro abaixo de US$ 11/bushel. Dados da TF Agroeconômica mostram:
- Contrato de janeiro: alta de 0,37%, a 1091,25 pontos;
- Março: avanço de 0,25%, fechando a 1101 pontos;
- Farelo: estável a US$ 298,2/t;
- Óleo de soja: leve alta de 0,16%, a US$ 50,81/libra-peso.
A decisão do Federal Reserve de reduzir a taxa de juros em 25 pontos-base na terceira queda consecutiva favoreceu operações de hedge e contribuiu para a recuperação dos preços. Rumores de novas compras chinesas também reforçaram o movimento positivo.
Perspectivas para 2026: oferta global e oportunidades no plantio
O relatório Perspectivas 2026, do CoBank, projeta excesso de oferta global de grãos e oleaginosas, o que deve manter pressão sobre os preços. Ainda assim, a soja surge como alternativa vantajosa de plantio, devido à relação de preços atual e menores custos de produção frente ao milho, incentivando decisões estratégicas para a próxima safra.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






