• 11 de dezembro de 2025
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Copom mantém Selic em 15% ao ano e reforça necessidade de cautela diante de incertezas econômicas

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Decisão unânime e sinal de prudência na política monetária

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, de forma unânime, manter a taxa Selic em 15% ao ano, confirmando as expectativas do mercado financeiro. Em comunicado divulgado após a reunião, o Comitê destacou que permanecerá atento aos desdobramentos econômicos e poderá ajustar os próximos passos da política monetária, caso considere necessário.

“O Comitê segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos ao Brasil e os impactos da política fiscal doméstica sobre a política monetária e os ativos financeiros, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza”, diz a nota oficial.

Inflação alta e atividade econômica resiliente

De acordo com o Copom, o cenário atual ainda é marcado por expectativas de inflação desancoradas, projeções elevadas e uma atividade econômica mais resistente do que o esperado. O mercado de trabalho também segue pressionado, o que contribui para manter os preços em níveis altos.

“Para assegurar a convergência da inflação à meta em um ambiente de expectativas desancoradas, é necessária uma política monetária significativamente contracionista por um período prolongado”, afirmou o Comitê.

A decisão, segundo o Banco Central, está alinhada com a estratégia de levar a inflação de volta à meta sem prejudicar a atividade econômica. O Copom reforçou ainda que busca estabilidade de preços, moderação nas oscilações do PIB e pleno emprego como objetivos de longo prazo.

Expectativas de inflação seguem acima da meta

As projeções do Boletim Focus apontam inflação de 4,4% para 2025 e 4,2% para 2026, ambas acima do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Já para o segundo trimestre de 2027, o Copom projeta inflação de 3,2%, dentro do intervalo de tolerância.

O Comitê alertou que os riscos inflacionários continuam elevados. Entre os principais fatores de alta estão:

  • desancoragem prolongada das expectativas;
  • inflação de serviços mais persistente devido à atividade aquecida;
  • impactos de políticas econômicas internas e externas sobre o câmbio e os preços.

Por outro lado, o Copom cita riscos de baixa da inflação caso ocorra uma desaceleração econômica doméstica ou global mais intensa, ou ainda uma queda nos preços das commodities.

Cenário internacional e doméstico em foco

O ambiente externo segue cercado de incertezas, especialmente devido à condução da política econômica nos Estados Unidos e às tensões geopolíticas globais, fatores que impactam as condições financeiras internacionais.

No cenário interno, os dados recentes mostram moderação no ritmo de crescimento da economia, conforme revelado pelo último PIB, enquanto o mercado de trabalho mantém resiliência. Apesar de um leve arrefecimento dos índices de preços, a inflação geral e as medidas subjacentes ainda permanecem acima da meta estipulada pelo Banco Central.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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