• 16 de dezembro de 2025
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Conversão de pulverizadores em distribuidores aumenta produtividade e reduz custos no campo

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Transformar pulverizadores autopropelidos em distribuidores de fertilizantes e corretivos deixou de ser uma prática experimental e se consolidou como estratégia eficiente em propriedades rurais no Brasil. A Piccin Equipamentos, de São Carlos (SP), é uma das empresas que mais investem nessa adaptação, que pode reduzir em até 80% o custo em relação à compra de um distribuidor novo.

Mais do que economia, a conversão reflete uma mudança de mentalidade: reaproveitar equipamentos existentes, ampliar a capacidade operacional e adotar práticas mais sustentáveis no manejo agrícola.

Como funciona a adaptação de pulverizadores

Segundo Marco Gobesso, engenheiro agrônomo e head de marketing da Piccin, cerca de 70% da estrutura original do pulverizador é reaproveitada na conversão, incluindo chassi, cabine e motor. “Damos nova função a um equipamento que o agricultor já possui, mantendo potência e funcionalidade”, explica.

Essa estratégia é especialmente relevante em um setor em que o maquinário representa grande investimento e a renovação de frota pode gerar custos elevados.

Benefícios econômicos, ambientais e agronômicos

Além do impacto financeiro, a conversão traz vantagens ambientais e agronômicas:

  • Economia circular: ao reaproveitar máquinas, o produtor reduz desperdícios e evita o descarte prematuro de equipamentos.
  • Preservação do solo: o autopropelido convertido mantém o mesmo rastro da operação anterior, diminuindo o amassamento de plantas e melhorando a produtividade.
  • Retorno do investimento: fatores como preservação da estrutura do solo, aplicação precisa de insumos e maior capacidade operacional permitem retorno em uma a três safras.
Resultados técnicos e capacidade de aplicação

A adaptação exige análise criteriosa do equipamento, incluindo integridade estrutural, compatibilidade do sistema hidráulico e transmissão. A Piccin afirma possuir projetos validados para a maioria dos pulverizadores do mercado, com pequenas alterações em casos específicos, como reposicionamento do motor.

Os distribuidores autopropelidos da marca variam de 3 m³ a 6 m³, garantindo estabilidade e durabilidade mesmo em terrenos irregulares. Eles permitem aplicação de fertilizantes em pó (até 18 metros) e granulares (até 36 metros), alcançando produtividade de até 400 hectares por dia, dependendo do modelo.

Compatibilidade com tecnologia moderna

As máquinas convertidas mantêm compatibilidade com agricultura de precisão, mapas de prescrição, dosagens variáveis e sistemas eletrônicos de controle. “A caixa adubadora tem a mesma tecnologia de taxa variável encontrada em distribuidores modernos”, destaca Gobesso.

Valorização de equipamentos usados e eficiência operacional

Pulverizadores usados tendem a desvalorizar rapidamente, com concessionárias oferecendo cerca de 60% do valor real na troca. A conversão em distribuidor aumenta a utilidade e relevância comercial do equipamento, permitindo que o maquinário seja utilizado o ano inteiro com menos desperdício e mais eficiência.

Mesmo sem estudos acadêmicos extensos sobre resultados de longo prazo, os relatos de campo indicam ganhos claros de custo-benefício, produtividade e sustentabilidade, consolidando a prática como tendência no cenário agrícola brasileiro.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio