Ajuste de carbono da UE deve pressionar custos de fertilizantes e insumos agrícolas
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Futuro mecanismo da UE e impacto nos fertilizantes
A União Europeia deve implementar em 2026 o Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras (CBAM), que cobrará taxas sobre as emissões de carbono embutidas em produtos importados, incluindo fertilizantes nitrogenados, essenciais para a agricultura do bloco.
A medida tem como objetivo equalizar a competitividade entre produtores locais, que já enfrentam altos custos para cumprir metas de redução de emissões, e fornecedores estrangeiros, muitas vezes menos regulamentados ambientalmente.
Custos crescentes pressionam o mercado interno
De acordo com análise da StoneX, os agricultores europeus poderão enfrentar aumento de despesas, já que a produção interna de fertilizantes e outros insumos já é mais cara devido às exigências ambientais.
O analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Tomás Pernías, ressalta:
“As indústrias europeias têm arcado com custos crescentes para cumprir as metas de redução de emissões, e esse encarecimento da produção muitas vezes incentiva os compradores a buscarem produtos estrangeiros, que não estão sujeitos às mesmas regulações. O CBAM surge justamente para equalizar a competitividade entre produtores domésticos e estrangeiros.”
CBAM busca evitar deslocamento de produção
O mecanismo prevê que importadores adquiram certificados de carbono, incorporando uma nova despesa ao processo de importação, o que pode pressionar preços finais ao consumidor.
Diante das incertezas sobre a metodologia de cálculo do CBAM, muitos compradores anteciparam aquisições e ampliaram estoques, buscando reduzir riscos antes da entrada em vigor do sistema.
Cenário futuro para agricultores e importadores
Especialistas indicam que o CBAM pode modificar a dinâmica de fornecimento e preços dos fertilizantes, incentivando produtores europeus a investir em tecnologias de baixo carbono, enquanto importadores precisarão ajustar estratégias para manter competitividade.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






