Importações de fertilizantes caem em novembro, mas Brasil mantém alta acumulada em 2025
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Importações recuam em novembro, mas seguem dentro da sazonalidade
O volume de fertilizantes importados pelo Brasil registrou recuo em novembro de 2025, segundo dados oficiais do governo. A análise da StoneX, empresa global de inteligência de mercado e serviços financeiros, indica que a redução acompanha o comportamento sazonal típico do setor, com menor demanda no fim do ano.
No mês, o país importou cerca de 3,3 milhões de toneladas dos principais produtos — entre eles ureia, amônia e cloreto de potássio — volume inferior ao observado entre agosto e outubro.
“O padrão de 2025 está em linha com o histórico das importações brasileiras. Os maiores volumes são registrados antes da safra de verão, e, conforme o segundo semestre avança, ocorre uma desaceleração natural nas compras”, explica Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
Desempenho acumulado reforça resiliência do mercado brasileiro
Mesmo com o recuo pontual, o acumulado de janeiro a novembro de 2025 supera os níveis observados no mesmo período de 2024, evidenciando a força da demanda nacional por insumos agrícolas.
De acordo com Pernías, o resultado é expressivo diante de um ano marcado por desafios no cenário global. “Grande parte das compras foi realizada em meio a altos preços internacionais, relações de troca desfavoráveis e incertezas geopolíticas, como riscos de sanções e tarifas aplicadas pelos Estados Unidos”, destacou o analista.
Compradores ajustam estratégias e priorizam fertilizantes mais acessíveis
A StoneX também identificou mudanças no perfil das importações brasileiras. Diante do aumento nos preços e da limitação na oferta de produtos como ureia e MAP (fosfato monoamônico), os importadores passaram a diversificar suas aquisições, buscando alternativas mais econômicas.
Produtos menos concentrados, como sulfato de amônio (SAM) e superfosfato simples (SSP), ganharam espaço no mix de compras, refletindo uma estratégia de redução de custos.
Entre janeiro e novembro, as importações de ureia somaram 6,6 milhões de toneladas, queda de 12% em relação ao mesmo período de 2024. Em contrapartida, as compras de SAM cresceram 31%, demonstrando uma clara mudança de foco entre os compradores.
“Esses números revelam um movimento estratégico: o mercado está priorizando produtos que oferecem melhor relação custo-benefício e garantem maior previsibilidade de abastecimento”, conclui Pernías.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






