• 11 de dezembro de 2025
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Alta do dólar e valorização da arroba estimulam investimentos em pastagens na pecuária brasileira

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O dólar comercial iniciou a terça-feira (9) em alta frente ao real, cotado entre R$ 5,43 e R$ 5,44, refletindo o impacto da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro à Presidência em 2026. No exterior, a moeda norte-americana apresenta relativa acomodação, com investidores atentos às decisões de juros do Federal Reserve (Fed).

A alta do dólar eleva os preços de insumos importados, como fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas, impactando o custo de produção no setor agropecuário. Ao mesmo tempo, mantém o real atrativo para exportações de commodities, cenário relevante para a pecuária.

Arroba valorizada abre caminho para modernização de pastagens

Em 2025, a pecuária de corte brasileira registra um momento histórico: demanda interna aquecida e exportações recordes reforçam a rentabilidade. Segundo a Abiec, apenas em outubro, os embarques de carne bovina somaram 357 mil toneladas, o maior volume mensal da série histórica, enquanto de janeiro a outubro, foram 2,79 milhões de toneladas, com US$ 14,31 bilhões em receita.

Com a arroba acima de R$ 300, produtores aproveitam para investir na recuperação e modernização de pastagens, aumentando produtividade e incorporando práticas sustentáveis. Segundo o engenheiro agrônomo Thiago Feitosa (SOESP), margens maiores reduzem riscos e aceleram planos de investimento, incluindo reforma de áreas degradadas e adoção de sistemas de produção mais intensificados.

Recuperação de pastagens: desafios e oportunidades

Estudos da Embrapa mostram que o Brasil possui cerca de 28 milhões de hectares de pastagens degradadas, com produtividade limitada. Em regiões críticas, o rendimento pode ser de apenas 150 kg de peso vivo por hectare/ano, enquanto pastagens manejadas adequadamente podem dobrar ou triplicar a produção.

A decisão de recuperar ou reformar áreas leva em conta:

  • Banco de forragem existente (touceiras/m²)
  • Percentual de solo exposto
  • Infestação de plantas daninhas
  • Grau de compactação do solo

“Quanto mais avançado o grau de degradação, maiores os custos, tornando o momento de arroba valorizada estratégico para o investimento”, afirma Feitosa.

Além dos ganhos econômicos, a recuperação de pastagens está alinhada à sustentabilidade, com sistemas como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que melhoram a qualidade do solo e reduzem emissões de gases de efeito estufa por unidade produzida.

Dólar elevado e custo de produção: equilíbrio necessário

Apesar das oportunidades, a alta do dólar impacta diretamente os custos de insumos importados, exigindo planejamento estratégico do produtor rural. O momento pede atenção ao equilíbrio entre custos e retorno esperado, combinando eficiência na gestão de insumos, adoção de tecnologias e investimento em práticas sustentáveis.

Cenário macroeconômico e perspectivas

No exterior, o dólar segue em ligeira desvalorização frente a outras moedas fortes, influenciado pelas expectativas de cortes de juros pelo Fed. No Brasil, o câmbio continua reagindo à instabilidade política e aos fluxos de capitais internacionais.

Para o setor agropecuário, a combinação de arroba valorizada e dólar alto exige planejamento estratégico, considerando tanto oportunidades de investimento em pastagens quanto a gestão eficiente de custos de produção.

Conclusão: oportunidade com gestão eficiente

O atual momento oferece caminho para modernização e recuperação de pastagens, com potencial de aumento de produtividade e práticas sustentáveis. Porém, o dólar elevado e o cenário político reforçam a importância de decisões bem planejadas, garantindo que os investimentos gerem retorno econômico e sustentabilidade para a fazenda.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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