• 10 de dezembro de 2025
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Agronegócio fecha 11 meses com superávit de R$ 115,9 bilhões

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O agronegócio de São Paulo encerrou os 11 primeiros meses de 2025 com um superávit de R$ 115,9 bilhões, segundo dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA). No período, as exportações do setor somaram R$ 144,9 bilhões, enquanto as importações ficaram em R$ 29 bilhões. Os embarques agropecuários representaram 40,6% de tudo o que o Estado exportou entre janeiro e novembro, consolidando novamente a liderança paulista entre os grandes centros econômicos do País.

No cenário nacional, São Paulo manteve posição de destaque e respondeu por 17% de todas as exportações do agronegócio brasileiro, assegurando o segundo lugar no ranking — atrás apenas de Mato Grosso, que registrou 17,3%. A pauta paulista segue diversificada e com forte presença de produtos de alta competitividade internacional.

O complexo sucroalcooleiro permaneceu no topo das vendas externas, com R$ 45,1 bilhões, equivalentes a 31,3% do total exportado. Na sequência apareceram carnes (R$ 22 bilhões), produtos florestais (R$ 14,8 bilhões), sucos (R$ 14,3 bilhões) e complexo soja (R$ 12,1 bilhões). Somados, esses grupos responderam por 75,5% dos embarques do agro paulista. O café ficou na sexta colocação, com R$ 8,8 bilhões.

O desempenho dos segmentos variou de acordo com o comportamento de preços e volumes ao longo do ano. As exportações de café registraram alta expressiva de 39,2%, impulsionadas pela combinação de safra maior e demanda firme. Carnes avançaram 24,1%, enquanto o complexo soja cresceu 1,3%. Já o grupo sucroalcooleiro recuou 29,6%, refletindo ajustes globais de oferta. Produtos florestais e sucos também tiveram leve queda, de 4,8% e 4,9%, respectivamente.

A China se manteve como principal destino do agro paulista, com 24,4% de participação. Em seguida vieram União Europeia (14,3%) e Estados Unidos (11,8%), mesmo após o impacto do tarifaço anunciado pelo governo norte-americano em agosto, que reduziu o ritmo dos embarques no segundo semestre. Segundo a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), apesar da desaceleração, parte do efeito foi compensada pela ampliação de vendas para China, México, Canadá, Argentina e países europeus.

A decisão dos Estados Unidos de retirar as tarifas, anunciada em 20 de novembro, deve contribuir para uma retomada gradual no fluxo comercial. De acordo com análise do Instituto de Economia Agrícola (IEA-SP), a normalização dos contratos tende a ocorrer ao longo dos próximos meses, devolvendo previsibilidade aos exportadores paulistas.

A Secretaria de Agricultura destacou que o desempenho robusto está diretamente relacionado a avanços estruturais, como investimentos em pesquisa, ampliação da infraestrutura logística, redução de entraves burocráticos e políticas voltadas ao aumento da competitividade. Segundo a pasta, o resultado reforça o papel estratégico dos produtores paulistas e mostra que o Estado segue preparado para responder às demandas de um mercado global cada vez mais exigente.

Fonte: Pensar Agro

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