Moagem intensa impulsiona oferta de açúcar e etanol no Centro-Sul, aponta Itaú BBA
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O ritmo acelerado da moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul durante outubro reforçou a oferta de açúcar e etanol, ampliando a produção e contribuindo para o aumento dos estoques globais. Os dados fazem parte do Agro Mensal, relatório elaborado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, que analisa o comportamento recente do setor sucroenergético.
Produção de açúcar segue forte com mix açucareiro elevado
De acordo com o Itaú BBA, a produção de açúcar permanece aquecida nos últimos meses, impulsionada pela manutenção de um mix açucareiro elevado e pela melhora no rendimento industrial das usinas.
Esse desempenho consolidou o Brasil como o principal responsável pelo reforço na oferta mundial do adoçante, contribuindo para a recomposição dos estoques internacionais após períodos de restrição em safras anteriores.
Preços internacionais do açúcar recuam com maior disponibilidade global
No mercado externo, os preços do açúcar bruto operam em níveis mais baixos, reflexo direto do aumento da produção brasileira e da maior disponibilidade global do produto.
Segundo o relatório, o cenário continua sensível às condições climáticas em países produtores relevantes, como Índia e Tailândia, além da variação nos preços do petróleo, que influencia a decisão das usinas sobre o mix entre açúcar e etanol.
Etanol hidratado mostra recuperação gradual com demanda mais firme
No mercado doméstico, o etanol hidratado apresentou sinais de recuperação ao longo de outubro, apoiado pela melhor competitividade frente à gasolina e pelo avanço gradual no consumo.
A consultoria do Itaú BBA avalia que o equilíbrio entre oferta e demanda do biocombustível permanece positivo no curto prazo, embora os preços ainda dependam do ritmo de reposição dos estoques nos postos e da trajetória de preços dos combustíveis fósseis.
Perspectivas para o setor sucroenergético
Com a safra 2025/26 em andamento, o setor mantém otimismo moderado, sustentado por boas condições de moagem, recuperação industrial e mercado doméstico mais firme para o etanol. No entanto, o Itaú BBA alerta que fatores externos, como o comportamento do mercado internacional de açúcar e o preço do petróleo, devem continuar determinando o ritmo e a rentabilidade das usinas nos próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






