• 6 de dezembro de 2025
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Safra recorde de algodão aposta na irrigação para manter produtividade

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A safra 2024/2025 do algodão na Bahia encerrou com um resultado expressivo: 843 mil toneladas de pluma produzidas a partir de 413 mil hectares, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O desempenho supera em cerca de 19% o volume colhido no ciclo anterior (708,3 mil toneladas em 346 mil hectares) — um salto que confirma a força da cotonicultura no estado.

De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a produtividade alcançou 2.041 quilos de algodão beneficiado por hectare — número superior à média nacional de 1.958 kg/ha. O dado reafirma o potencial da Bahia para gerar valor por área plantada, especialmente quando combinados clima favorável e boas práticas agrícolas.

Um dos trunfos do estado é a ampla adoção da irrigação, instrumento que vem assegurando consistência produtiva mesmo em anos de chuvas irregulares. No ciclo recém-concluído, cerca de 34% da área total plantada (140,6 mil hectares) utilizou pivô central. A Abapa projeta que essa área cresça para aproximadamente 150 mil hectares na safra 2025/2026, ampliando ainda mais o uso de água controlada.

A irrigação tem se mostrado decisiva sobretudo nas regiões Oeste e Sudoeste — principais polos cotonicultores — onde o cultivo convive com a soja, mas o algodão garante renda e diversificação aos produtores. Segundo a presidente da Abapa, nos anos marcados por estiagem ou chuvas tardias, o uso racional da irrigação foi “essencial para salvar a lavoura”.

Para a próxima safra, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) projeta uma leve retração de 2,5% na área plantada, para 402,8 mil hectares. A produção, em função disso, deve cair para cerca de 822 mil toneladas — ainda assim mantendo rendimento por hectare estável, em torno de 2.041 kg.

O atraso no plantio, devido à demora nas chuvas no Oeste baiano, é o maior desafio atual. A confirmação da projeção depende da regularização do calendário agrícola e do clima favorável. Mas com irrigação ampliada e manejo técnico aprimorado, o cenário é de confiança, sobretudo após o ciclo exitoso recentemente encerrado.

Apesar dos bons resultados, o setor segue atento aos riscos. A irrigação ajudou a mitigar os efeitos da seca, mas lavouras conduzidas em regime de sequeiro — cerca de 66% da área total — sofreram com irregularidade de chuvas. Além disso, problemas com pragas como a mosca-branca voltaram a aparecer em algumas regiões, exigindo atenção redobrada no manejo fitossanitário.

Fonte: Pensar Agro

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