• 5 de dezembro de 2025
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Insegurança econômica desacelera plantio e reduz área de arroz no Brasil

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O mercado brasileiro de arroz atravessa um período de baixa liquidez e indefinição, refletindo o cenário econômico global pouco favorável e os altos estoques da commodity, que continuam pressionando as cotações. De acordo com o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira, as negociações seguem travadas e os preços, majoritariamente nominais, indicam ausência de estímulos para reação no curto prazo.

“Compradores e vendedores mantêm postura defensiva, à espera de sinais mais claros de mudança no cenário econômico e produtivo”, afirma Oliveira.

Mercado lateralizado e pouca reação nos preços

O ambiente de incerteza limita o avanço das negociações. Segundo Oliveira, o mercado opera em clara lateralidade, com variações pontuais que não indicam tendência de recuperação.

O Estado do Tocantins é um dos poucos a apresentar movimento distinto, mas ainda insuficiente para alterar o panorama nacional. “A expectativa de uma redução maior da área plantada, somada à retenção de oferta pelos produtores, trouxe elevações pontuais nos preços, mas de caráter temporário e técnico”, explica o analista.

Esses ajustes, conforme ele, decorrem mais da diminuição temporária da oferta do que de uma melhora efetiva na demanda.

Produtores migram para culturas mais rentáveis

A situação em Tocantins evidencia a incerteza produtiva que afeta a orizicultura fora da região Sul. Muitos agricultores, pressionados por custos elevados e preços desvalorizados, têm reduzido o plantio ou migrado para outras culturas que oferecem maior previsibilidade econômica.

“O arroz de terras altas (sequeiro) vive um colapso nacional, com redução de área que pode ultrapassar 50%. Hoje, praticamente só o arroz irrigado em áreas de pivô central se mantém viável, devido ao menor risco e ao uso de tecnologias mais avançadas”, detalha Oliveira.

Trauma produtivo e novos destinos agrícolas

O ciclo recente deixou marcas profundas em produtores sem estrutura adequada de secagem e armazenagem, que foram obrigados a vender a produção a preços baixos. Essa experiência negativa tem acelerado a substituição do arroz por novas culturas, especialmente o feijão-mungo-preto, que vem ganhando espaço em regiões do Tocantins.

“No Estado, a migração produtiva já tem destino claro: o feijão-mungo-preto”, conclui o analista.

Preços seguem em queda no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, também sente os reflexos do cenário de enfraquecimento. A saca de 50 quilos de arroz (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou a quinta-feira (4) cotada a R$ 52,87, queda de 0,95% em relação à semana anterior.

Na comparação com o mesmo período de novembro, a desvalorização acumulada é de 5,62%, e frente a 2024, a perda chega a 48,43%.

Com incertezas econômicas, custos crescentes e margens apertadas, o setor orizícola brasileiro enfrenta um dos períodos mais desafiadores da última década, exigindo planejamento e diversificação para manter a sustentabilidade das propriedades rurais.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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