Confinamento se consolida como estratégia essencial para antecipar ganhos no “Jogo da Reposição” de 2026
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Com o fim de 2025 se aproximando, o setor pecuário entra em um momento decisivo para o planejamento do próximo ano. Em diversas regiões do país, produtores observam pastagens ocupadas por animais prontos para a engorda, mas ainda indecisos sobre o envio ao confinamento.
Segundo especialistas, essa decisão pode representar a diferença entre manter o sistema produtivo travado ou preparar a fazenda para um novo ciclo de lucros.
Confinamento libera o pasto e destrava o sistema produtivo
Para Vanderlei Finger, gerente corporativo de Originação da MFG Agropecuária, mover o gado pesado para o confinamento neste momento é o primeiro passo estratégico para o “Jogo da Reposição” de 2026.
“Ao enviar esses animais agora, o produtor não apenas finaliza a engorda, mas também cria espaço para iniciar um novo ciclo de recria com as melhores forrageiras do período das águas”, explica Finger.
Essa antecipação libera as pastagens, permite a entrada de bezerros em um momento mais competitivo e prepara o sistema para acompanhar o ritmo de valorização esperado do mercado.
Mercado sinaliza janela de oportunidade
Após um 2024 de preços baixos, o boi gordo voltou a apresentar estabilidade e tendência de alta, enquanto o bezerro ainda não acompanhou a mesma valorização. Esse descompasso cria uma janela estratégica para compra de reposição a custos mais vantajosos.
“Temos um cenário de oferta restrita, resultado do abate recorde de fêmeas nos últimos anos, mas a valorização do bezerro ainda é tímida. Esse é o momento ideal para o produtor se posicionar”, destaca Finger.
Com isso, o confinamento deixa de ser apenas uma etapa final de engorda e passa a ser uma ferramenta de gestão de ativos e fluxo de produção, com ganhos diretos em produtividade e rentabilidade.
Ciclo produtivo mais eficiente e sustentável
A estratégia sugerida pela MFG Agropecuária consiste em confinar o gado pesado agora, liberar pasto e comprar a reposição no início das águas de 2025/26.
Durante esse período, os bezerros são recriados com melhor aproveitamento das pastagens, evitando degradação e preparando o rebanho para o confinamento entre abril e maio de 2026, antes da chegada do período seco.
Essa dinâmica permite que o produtor:
- Aumente o giro de capital, realizando dois ciclos de recria no mesmo ano;
- Melhore a taxa de desfrute e a produtividade por hectare;
- Reduza a dependência das variações climáticas, mantendo o ritmo de produção.
Capital de giro e proteção financeira
Finger ressalta que a estratégia exige planejamento financeiro e parceiros sólidos. A MFG Agropecuária, com mais de 3,5 milhões de animais abatidos em 18 anos de atuação, oferece suporte técnico e infraestrutura para execução de confinamento eficiente.
O gerente também recomenda o uso de travas de preço no mercado futuro, garantindo margens de lucro, e destaca ferramentas como a Nota Promissória Rural (NPR), facilitada pela empresa, que viabiliza capital de giro sem comprometer o caixa da fazenda.
O “Jogo da Reposição” em quatro movimentos
De acordo com Finger, o sucesso em 2026 depende da execução de um ciclo bem planejado:
- Ação imediata (agora): enviar o gado pesado ao confinamento e liberar o pasto.
- Compra estratégica: adquirir bezerros no momento de menor preço.
- Recria (águas 2025/26): aproveitar as melhores pastagens e forrageiras.
- Jogada final (abril/maio de 2026): confinar os animais recriados e abrir espaço para a nova safra de bezerros.
“Os indícios apontam para uma valorização clara do bezerro. A questão é: você vai esperar o mercado reagir ou usar o confinamento para liderar o Jogo da Reposição?”, provoca Finger.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio





