• 4 de dezembro de 2025
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Automação no cocho e na ordenha eleva produção de leite em 7,4%, revela pesquisa global da Lely

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A automação das rotinas de alimentação e ordenha tem se consolidado como uma das principais aliadas da pecuária leiteira moderna. Um levantamento internacional da Lely, realizado com 13.816 fazendas em diversos países, mostrou que propriedades que utilizam sistemas automatizados em ambas as etapas registram, em média, 7,4% mais produção de leite por vaca ao dia do que aquelas que automatizam apenas a ordenha.

O estudo foi conduzido entre 1º de janeiro de 2023 e 29 de maio de 2024 e analisou indicadores como volume de produção, frequência de ordenhas, recusas e visitas aos robôs de ordenha. Segundo os resultados, manter o alimento disponível constantemente favorece o comportamento natural de consumo das vacas, reduz o jejum e estimula mais visitas voluntárias à ordenha — fatores diretamente ligados à maior produtividade e saúde do rebanho.

Automação garante regularidade e previsibilidade no manejo

De acordo com Letícia Fernandes, especialista da equipe Farm Management Support da Lely América Latina, a automação traz precisão às tarefas rotineiras, otimizando o tempo e a eficiência das operações.

“Quando o básico é feito com constância e exatidão, o resultado aparece em todos os níveis. A vaca se alimenta melhor, ordenha com mais frequência e o produtor ganha eficiência e previsibilidade”, explica Letícia.

A especialista destaca que a automação vai além da redução de mão de obra: trata-se de uma ferramenta de gestão, capaz de padronizar processos, garantir bem-estar e aumentar a lucratividade.

Exemplo nacional: fazenda no RS amplia produção em 20%

Os efeitos positivos observados globalmente já são realidade também no Brasil. Em Sertão (RS), a Cabanha Stefini, que mantém 60 vacas holandesas em lactação, registrou expressivos ganhos após adotar a automação tanto na alimentação quanto na ordenha.

O proprietário e zootecnista Diogo Stefini, especialista em nutrição de bovinos leiteiros, explica que o empurrador automático de ração foi o primeiro passo.

“O alimento passou a estar sempre acessível. As vacas voltam mais vezes ao cocho e comem pequenas porções ao longo do dia. Em menos de 30 dias, o aumento foi de 4 litros de leite por vaca apenas com a automação da alimentação”, conta Stefini.

Com a implantação completa do sistema, a fazenda registrou incremento total de cerca de 20% na produção de leite, além de redução significativa na necessidade de mão de obra. “Hoje temos mais tempo para o cuidado com as bezerras e o planejamento da fazenda. As vacas estão mais tranquilas e o rebanho mais estável”, complementa.

Automação e bem-estar: o futuro da pecuária leiteira

Para Letícia Fernandes, os resultados reforçam uma tendência global: a integração entre automação, bem-estar animal e sustentabilidade.

“Eliminar tarefas repetitivas e garantir constância nas rotinas é o primeiro passo para transformar a fazenda em um ambiente que trabalha 24 horas por dia, com vacas mais ativas e saudáveis”, afirma.

A especialista lembra ainda que os resultados podem variar conforme o manejo, manutenção e frequência de uso das tecnologias, mas o padrão global é claro: a automação tornou-se indispensável para a eficiência e a rentabilidade da pecuária leiteira moderna.

Presente em 52 países, a Lely segue investindo em soluções que combinam tecnologia, bem-estar e produtividade, reafirmando o papel da inovação como motor do crescimento sustentável no campo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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